Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira
Universidade Brasileira alinhada à integração com os países membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)

Carta de Solidariedade aos Povos Ciganos

Nos solidarizamos com o Instituto Cigano do Brasil (ICB) e repudiamos o ataque xenofóbico, um claro ato de racismo contra os povos ciganos e preconceito durante uma matéria jornalística.

Data de publicação  25/02/2022, 11:23
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A Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira (Unilab) manifesta solidariedade ao Povo Cigano, especialmente à etnia Calon, e repudia o ataque xenofóbico, um claro ato de racismo contra os povos ciganos e preconceito durante uma matéria jornalística em que o delegado regional de Esperantina, Ayslan Magalhaes, no PI TV I na noite desta quarta-feira (23/02), no qual cita a ‘Operação Calon’ em Esperantina. A extrema generalização ao povo cigano, desqualificando-o, é um ato inaceitável frente a toda uma história de luta deste povo em busca de condições dignas de vida e de igualdade de direitos.

Nos solidarizamos com o Instituto Cigano do Brasil (ICB) que é incansável pela luta por justiça e dignidade e trabalha para a preservação da cultura cigana no Brasil. Dirigimos também nossa solidariedade ao Prof. Dr. Roque Albuquerque, que é Cigano da etnia Calon, e que foi em 2021, eleito o primeiro Reitor da Unilab, pela comunidade acadêmica. O Prof. Dr. Roque Albuquerque, como Cigano e Calon, é incansável pela luta em defesa dos direitos dos povos ciganos, bem como pela dignidade dos demais povos tradicionais e comunidades tradicionais no Brasil.

A Unilab é comprometida ético-politicamente com a igualdade de direitos e a inclusão de povos e comunidades tradicionais e, em 2021, iniciou a implementação das ações de políticas afirmativas, com a aprovação RESOLUÇÃO CONSUNI/UNILAB Nº 40, DE 20 DE AGOSTO DE 2021, que instituiu e regulamentou o Programa de Ações Afirmativas na Universidade. Portanto, soma-se à luta contra quaisquer formas de discriminações e desrespeito a comunidades, povos e coletivos.

Precisamos enfrentar cotidianamente quaisquer formas de preconceitos ou discriminações contra quaisquer povos, etnias ou comunidades tradicionais. Todos têm o direito à dignidade humana e à cidadania e não podem ser excluídos e terem seus direitos cerceados, por meio de ofensas, palavras pejorativas ou estigmas.

Por Justiça e Igualdade Social! Somos todos/as Ciganos/as!

Reitorado da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira (Unilab)

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