Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira
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Tarde de Tina, vinculada ao projeto Uniculturas, ocorre nesta quarta-feira em Palmares

Data de publicação  12/04/2023, 09:47
Postagem Atualizada há 1 ano
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A Tarde de Tina, momento artístico cultural promovido pelo Projeto de Extensão Kabaz di Terra, em parceria com a Coordenação de Arte e Cultura, da Pró-Reitoria de Extensão, Arte e Cultura (Proex), ocorre nesta quarta-feira (12), na Unidade Acadêmica de Palmares, em Acarape/CE. 

Tarde de Tina é uma atividade mensal do Grupo Kabaz di Terra, vinculado ao projeto de extensão Uniculturas: Unidos pela Integração, e tem como objetivo realizar atividades, enquanto espaço de socialização, sobre a cultura guineense.

Dessa forma, uma vez por mês, na Unilab, a comunidade guineense e demais interessados têm a oportunidade de “regressar” à Guiné-Bissau por meio de atividades desenvolvidas pelo projeto, como apresentação de danças típicas da Guiné-Bissau, degustação de pratos típicos, oficinas de danças, tranças, desfile tradicional, oficinas de histórias, convidados especiais e muito mais.

Questão de gênero

A dança de Tina surge ligada ao inconformismo das mulheres. A Tina pode ser entendida como uma forma de desabafo de que as mulheres se utilizavam para dirigirem indiretas para suas kumbossas, outras esposas do seu mesmo marido, consideradas rivais.

As cantigas da Tina, segundo Maria Odete Semedo, têm a sua origem nos grupos de mulheres chamados de Mandjuandadi. Dentre as muitas funções sociais desses grupos, uma delas é as mulheres aproveitarem os seus momentos de encontro para expressarem os seus sentimentos e também para denunciarem maus-tratos ou conflitos familiares. Semedo ainda ressalta a tradição das cantigas de ditos, tradição poética oral dessas coletividades, lembrando que o que é narrado ou contado não é obrigatoriamente a história ou biografia de quem cria e canta essas cantigas. Homens e mulheres podem criar suas próprias cantigas tendo em conta suas próprias experiências, mas isso não significa que expresse a própria vida e os próprios sentimentos.

A dança de Tina é feita em formato de círculo: onde alguns círculos tem pessoas sentadas e em outros alguns participantes ficam sentadas e os que tocam a tina permanecem de pé. Na roda, uma só pessoa canta enquanto o resto de participantes respondem. Na coreografia da música, entram uma ou duas pessoas no meio do círculo, enquanto os outros batem palmas e cantam. Os/as dançarinos/as vão se revezando sucessivamente, uma ou duas pessoas entrando na roda por vez. Depois de dançar, têm que voltar ao círculo, deixar a outra pessoa entrar para dançar. A movimentação da dança tem que acompanhar o ritmo da tina.

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