Seminário de Ambientação Acadêmica dá as boas-vindas a ingressantes na Unilab
Apresentação dos setores e serviços ofertados pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), além de apresentações culturais e boas-vindas aos novos estudantes, marcaram o Seminário de Ambientação Acadêmica, cuja 19ª edição ocorreu nos dias 17 e 18 de abril, nos campi do Ceará e Bahia.
Compondo a mesa institucional de boas-vindas no Ceará e a mesa-redonda “Unilab: Histórico, Organização Institucional e desafios”, o reitor, Roque Albuquerque, e a vice-reitora, Cláudia Carioca, destacaram a alegria de receber novos discentes tão motivados.
“É nossa primeira conexão com os estudantes e muito marcante pela leveza com que essa nova turma chega, a alegria vibrante, a música cantada com a alma, as apresentações, o movimento todo. E é um momento para já prepararmos os estudantes para saberem o que está à disposição deles: a política de nivelamento, a importância do Pulsar, os auxílios, as bolsas”, salientou o reitor.
A vice-reitora considera que o seminário é importante não só para os discentes, mas para a própria gestão, “pois podemos ver nos olhos dos que estão chegando aqui o brilho vitorioso de ter conquistado algo que vai mudar as suas vidas e isso nos contagia e nos fortalece para continuarmos cumprindo a nossa missão”.
Na mesa institucional de boas-vindas na Bahia, a diretora do Campus dos Malês, Mírian Reis, trouxe o poema de Conceição Evaristo “Para a menina”, sobre esperança. “É de esperança e solidariedade que se faz uma educação pública que a gente entende como transformadora”, apontou. Ainda segundo a diretora, o Malês “é um campus de resistência; e vocês que chegam vão encontrar dificuldades, mas vão encontrar também um coletivo que não esmorece com as dificuldades”, disse.
O diretor do Instituto de Humanidades Pedro Leyva também esteve presente na mesa institucional e deu boas-vindas aos novos discentes. “Quando se chega à Unilab se chega a um sonho, sonhado por pessoas brasileiras, de origem africana, afrodescendente. Um sonho também sonhado por pessoas que não são de origem africana, mas que pensam uma sociedade antirracista, anticolonial, uma sociedade fora do “ismo” – machismo, patriarcalismo e toda forma de opressão que a humanidade é corrompida”, afirmou.
Também marcaram presença na mesa de boas-vindas representações estudantis, como Pedrina Belém do Rosário, discente do curso de Relações Internacionais do campus dos Malês e representante quilombola do Baixo Sul da Bahia. “Nós estamos aqui trazendo outras pessoas. É muito importante entender o chão que estamos pisando, o que estamos construindo nesse chão, entender que trazemos nossas trajetórias, entender que nossa voz tem localidade, marcada por marcadores sociais econômicos e geracionais”, disse.
Pedrina também externou alegria com a chegada de novos colegas e ressaltou a importância de lembrar dos ancestrais e levar os conhecimentos para outros espaços fora da universidade. “Espero que vocês que estão chegando agora estejam abertos para essa construção coletiva, para materializar nossos sonhos e dos nossos ancestrais, da nossa localidade, e com essa perspectiva de pensar para além dos muros da universidade”, destacou.
Acesso a 52 mil livros
O Samba, como a palavra “ambientação” sugere, busca mostrar aos estudantes um panorama da universidade. Não poderia faltar a apresentação do Sistema de Bibliotecas da Unilab (Sibiuni), a cargo da bibliotecária Elineuza Santos.
A Unilab dispõe de um acervo em torno de 52 mil exemplares de livros e 6.800 títulos já disponibilizados para empréstimo, distribuídos nas bibliotecas dos campi das Auroras e Palmares, no Ceará, e na Biblioteca dos Malês, na Bahia.
Entre os serviços das bibliotecas estão empréstimo domiciliar; empréstimo especial; empréstimo entre bibliotecas do Sibiuni; orientações de pesquisa, consulta a banco de dados e base de dados de pesquisa; orientação sobre normalização de trabalhos acadêmicos, conforme ABNT e Vancouver; acesso ao portal de periódicos da Capes; orientações aos usuários na elaboração de Curriculum Lattes, entre outros.
Combate ao racismo estrutural
A coordenadora de Direitos Humanos e Ações Afirmativas (CDHAA/Propae), Sueli Saraiva, abordou os programas de ações afirmativas para reparação/restauração histórica em relação ao ingresso e permanência nas universidades, tendo a Unilab o Programa de Ações Afirmativas, nascido com a resolução nº 40/2021 do Conselho Universitário (Consuni).
“Todos nós sabemos a importância, no Brasil, de quando uma ou um jovem negro entra na universidade, a contribuição que este fato traz para mudar a sociedade brasileira”, afirmou.
Neste sentido, a professora ressalta a centralidade da questão para a Unilab, “que não esperou se consolidar para só depois pensar em ações afirmativas e de Direitos Humanos, pelo contrário, estamos fazendo tudo ao mesmo tempo”, declarou.