Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira
Universidade Brasileira alinhada à integração com os países membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)

Seminário ratifica o compromisso da Gestão Superior com a Internacionalização

II Seminário de Internacionalização Universitária, ocorreu no campus das Auroras, nos dias 04, 05 e 06 de outubro, com promoção da Unilab, por meio da Pró-reitoria de Relações Institucionais e Internacionais (Prointer).

Data de publicação  09/10/2023, 16:21
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A abertura do Seminário contou com representantes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, do Ministério da Educação, do Governo do Estado do Ceará, dentre outros.

Um dos maiores desafios da atual Gestão Superior da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) era colocar em prática, na ordem do dia, o fator da internacionalização, a fim de tirar do papel algo que não acontecia a contento e fazer valer de fato a lei de criação da Unilab – Lei nº 12.289, de 20 de julho de 2010, a qual estabelece como “missão institucional específica a formação de pessoas para contribuir com a integração entre o Brasil e os demais países membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), especialmente os países africanos, assim como a promoção do desenvolvimento regional e do intercâmbio cultural, científico e educacional”.

A partir desta gestão, a internacionalização universitária é assumida como vocação institucional, não se limitando, portanto, a apenas receber os estudantes internacionais, mas que busca, pelo trabalho diário e persistente, estreitar os laços com os países, consolidando acordos institucionais e a intensificando as missões internacionais, dentre outras ações. Com isto, vem gerando parcerias cada vez mais sólidas e comprometidas, como a que foi realizada com o país de Moçambique, que permitiu, pela primeira vez na história, a disponibilidade de centenas de bolsas de estudos do governo moçambicano aos seus estudantes que escolheram a Unilab como a segunda casa.Desta foram, a internacionalização na Unilab passou a ser uma via de mão-dupla, que, finalmente, se mostra como um instrumento fundamental das relações do Brasil com os países de língua portuguesa, a partir da educação e sob a ótica da cooperação solidária entre os povos.

A apresentação do Projeto Vozes da África, formado por discentes internacionais da Unilab, foi muito elogiada pelos participantes do evento.

É neste contexto que está inserido a realização do II Seminário de Internacionalização Universitária, ocorrido no campus das Auroras, nos dias 04, 05 e 06 de outubro, com promoção da Unilab, por meio da Pró-reitoria de Relações Institucionais e Internacionais (Prointer).

Vale lembrar que a 1ª edição deste seminário aconteceu em formato virtual, durante o mês de fevereiro de 2021, em pleno contexto de pandemia da Covid-19, com o tema “Internacionalização da Educação Superior com ênfase no Sul global: Unilab e CPLP, 10 anos depois”. À época, as discussões sobre a internacionalização se deram no contexto de análise e validação do documento “Diretrizes de Internacionalização da Unilab”.

Com base nessas diretrizes, cuja resolução foi aprovada pelo Conselho Universitário (Consuni), em dezembro de 2022, a Unilab preparou os alicerces para promover, agora, a 2ª edição do Seminário de Internacionalização Universitária, que trouxe como o tema “Internacionalização da Unilab e a cooperação educacional entre países”. Durante três dias seguidos de uma rica e intensa programação, o Seminário levantou discussões sobre indicadores institucionais, internacionalização curricular, dupla diplomação, internacionalização da pesquisa, parcerias estratégicas, cooperação em rede, entre outros temas imprescindíveis.

A abertura do Seminário se deu na manhã da última quarta-feira, dia 04 de outubro, no Auditório do Campus das Auroras, que foi completamente tomado por estudantes, professores, técnicos-administrativos e colaboradores. Além desses, contou com representantes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), do Ministério da Educação (MEC), do Governo do Estado do Ceará, dentre outros, evidenciando a importância e o sucesso do evento.

O Auditório do Campus das Auroras foi completamente tomados por estudantes, professores, técnicos-administrativos e colaboradores.

Mais precisamente, a mesa de abertura foi composta pela Vice-reitora da Unilab, profa. Dra. Cláudia Carioca; a Pró-reitora de Relações Institucionais e Internacionais, profa. Dra. Artemisa Candé; a Diretora de Desenvolvimento da Rede de Instituições Federais de Educação Superior, do MEC, Tânia Mara Francisco; a Diretora da Agência Brasileira de Cooperação, em exercício, do Ministério das Relações Exteriores, a embaixadora Luiza Lopes da Silva; o embaixador da Guiné-Bissau no Brasil, M’Bala Fernandes; o embaixador de Moçambique no Brasil, Jacinto Maguni; o Ministro Conselheiro da Embaixada de Angola no Brasil, José Carlos Daio; o Vice-Cônsul de Portugal em Fortaleza, Rui Almeida; a Secretária de Igualdade Racial, do Governo do Estado do Ceará, Zelma Madeira; e a Diretora do Instituto de Humanidades e Letras, representando o campus dos Malês, na Bahia, Eliane Gonçalves da Costa.

Antes das falas de abertura, houve uma festejada apresentação do Projeto Vozes da África, formado por discentes internacionais da Unilab, que foi bastante elogiada pelos participantes do evento. Cantando alto e em bom som, os discentes passaram uma mensagem de amor e celebração pela ancestralidade, que dizia assim: “Sinto-me orgulhoso de ser africano, todos os meus antepassados nasceram aqui…” e seguiam saudando cada país de modo especial. Em seguida, os presentes foram convidados a ficar de pé para ouvir a execução de trechos dos hinos dos países de origem dos estudantes da Unilab: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, cantado pelos integrantes do Vozes da África.

Vice-Reitora, Prof. Dra. Cláudia Carioca: “Esta é uma gestão que fortalece e amplia a internacionalização, com foco prioritário nos demais países que compõem a Unilab, formulando e executando políticas institucionais que permitam à Universidade constituir uma efetiva política de internacionalização”.

Em nome do Magnífico Reitor da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, prof. Dr. Roque Albuquerque, a Vice-Reitora, a profa. Dra. Cláudia Carioca, declarou abertos os trabalhos do II Seminário de Internacionalização Universitária da Unilab. Para, logo em seguida, fazer um registro histórico: “Quero relembrar aos presentes que ao adentrarmos a gestão em março de 2020, ainda sob a escravidão da pro-temporalidade que durou uma década, a internacionalização da Unilab havia sofrido um ataque de sufocamento e estava na UTI”.

A Vice-Reitora enfatizou que o compromisso em manter e ampliar a internacionalização foi assumido já no Plano de Gestão da entidade máxima da Unilab, eleita democraticamente para o quadriênio 2021/2025. “Esta é uma gestão que fortalece e amplia a internacionalização, com foco prioritário nos demais países que compõem a Unilab, formulando e executando políticas institucionais que permitam à Universidade constituir uma efetiva política de internacionalização; manter e ampliar a presença de discentes de graduação e pós-graduação internacionais; fomentar/apoiar articulações e parcerias com sociedades civis e políticas nesses países; promover o intercâmbio de discentes e servidores e a inserção social e profissional de egressos; apoiar/participar da geração de alternativas ao desenvolvimento socioeconômico e o fortalecimento de sistemas, equipamentos e políticas públicas nesses países; fomentar a construção e difusão de conhecimentos, inovações e tecnologias”, detalhou Cláudia Carioca.

Ainda segundo a Vice-Reitora, o esforço da atual gestão ultrapassa os limites desse compromisso e enumerou algumas dessas importantes ações: “as articulações internacionais já feitas pelo Magnífico Reitor dão frutos cada vez mais profícuos, além de estar atualmente na vice-presidência da comissão de relações internacionais da Andifes, incontáveis convites têm surgido para agendas internacionais, dentre as quais cito apenas a mais recente, a participação da Unilab na COP28 em parceria com a Universidade Zumbi dos Palmares em apresentação de painel no Pavilhão do Brasil que tem como Mensagem Central: Brasil unido em sua diversidade a caminho do futuro sustentável”.

Artemisa Candé: ““O que estamos fazendo aqui, neste seminário, é mais do que discutir diretrizes; estamos construindo um novo caminho. Estamos transformando nossa universidade não apenas em um centro de aprendizado, mas em um farol de esperança e inclusão.”

Em sua fala de abertura do Seminário, apesar de reconhecer as dificuldades, principalmente a de ordem financeira, Artemisa Candé, que é a primeira mulher africana a ocupar o cargo de Pró-Reitora em uma Universidade Federal no Nordeste, preferiu lançar um olhar otimista sobre e para o futuro, sem deixar de reconhecer o bom trabalho feito até aqui, sendo a realização desse Seminário mais uma etapa fundamental desse processo. “O que estamos fazendo aqui, neste seminário, é mais do que discutir diretrizes; estamos construindo um novo caminho. Estamos transformando nossa universidade não apenas em um centro de aprendizado, mas em um farol de esperança e inclusão. Precisamos encontrar maneiras de internacionalizar que sejam autênticas, inclusivas e que celebrem as diversas perspectivas que trazemos do Sul Global”, destacou Candé.

Para atingir esses objetivos precisamos, segundo Candé, “olhar para além das limitações financeiras. Precisamos explorar parcerias, colaborações e fontes alternativas de financiamento. Mais importante ainda, precisamos criar uma comunidade de aprendizado que celebre a diversidade, que valorize o conhecimento tradicional tanto quanto o acadêmico e que capacite nossos estudantes a se tornarem cidadãos globais informados e engajados”.

A Pró-Reitora destacou ainda que a internacionalização não é apenas uma questão estratégica para o projeto educacional da Unilab, mas também uma forma de ver o mundo, uma filosofia que se ramifica pelos meandros pedagógicos, reiterando o compromisso inadiável desta universidade com a internacionalização. “Hoje, nesta plataforma internacional que respira ares de todas as latitudes da CPLP, reafirmo nosso compromisso com uma internacionalização que não é apenas uma estratégia, mas uma filosofia. Uma filosofia que abraça a diversidade, que desafia as narrativas dominantes e que acredita no poder transformador do conhecimento”, reconheceu Candé.

Momento em que os presentes ficaram de pé para ouvir a execução de trechos dos hinos dos países de origem dos estudantes da Unilab: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

 

Por fim, ela fez os devidos agradecimentos: “Agradeço a cada um de vocês por estar aqui, por acreditar nesta jornada conosco. Juntos, podemos criar uma Unilab verdadeiramente internacional, uma universidade que não apenas se conecta com o mundo, mas também molda o futuro com base em nossas próprias histórias, nossos próprios valores e nossas próprias vozes”.

A mesa de abertura desfeita deu lugar para que o Prof. Dr. José Celso Freire, que é também assessor Chefe de Relações Externas da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho e Presidente da Associação Brasileira de Educação Internacional, proferisse a conferência “Internacionalização universitária e cooperação educacional”.

Citando seus pares, o professor Celso apresentou a internacionalização do Ensino Superior como um mecanismo crítico e comparativo do estudo do mundo capaz de ler as complexidades de um futuro mais equitativo e justo para todos. “Por meio do ensino, da aprendizagem, da pesquisa e da extensão, a internacionalização promove a pluralidade epistêmica e integra a aprendizagem crítica, antirracista e contra hegemônica sobre o mundo, a partir de diversas perspectivas globais para aprimorar a qualidade e a relevância da educação”, destacou, por meio de uma citação, o conferencista.

Iniciava-se assim um evento que entra, definitivamente, para a história da Unilab.

Prof. Dr. José Celso Freire proferiu a conferência “Internacionalização universitária e cooperação educacional”.

 

 

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