Candidatos indígenas participam de seleção do Parfor Equidade na Unilab
No último dia 14 de julho, candidatos e candidatas indígenas participaram da seleção do Parfor Equidade na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), que ofertará dois cursos: Licenciatura Intercultural Indígena, no Ceará, e Educação Escolar Quilombola, em São Francisco do Conde, campus dos Malês, BA.
Serão 80 vagas para o estado do Ceará e 30 vagas para o estado da Bahia. As aulas estão previstas para começar no final de agosto, com duração de quatro anos. A Unidade Acadêmica dos Palmares, em Acarape/CE, recebeu candidatos inscritos ao exame de seleção oriundos de diversas comunidades indígenas, como Aldeia Indígena Comunidade Anacé, do município de Caucaia; Comunidade Jenipapo-Kanindé, de Aquiraz; Comunidade Kalabaça, de Poranga e Crateús; Comunidade Kanindé, de Aratuba e Canindé; Comunidade Kariri, de Crateús e Crato; Comunidade Pitaguary, de Maracanaú e Pacatuba, entre outras comunidades indígenas localizadas no estado do Ceará.
O Coordenador Local, Cleber Tapeba, destaca que o curso é um passo importante no caminho da escolaridade indígena. Coordenador Local, no contexto do curso, é a pessoa da comunidade, membro externo, que ficará responsável pelo acompanhamento ‘in loco’ do curso.
Quem também celebra a oferta do curso é a professora Luma Andrade, diretora do Instituto de Humanidades (IH) da Unilab, ao qual o curso está vinculado. “É a primeira vez que a Unilab vai ter um curso desta magnitude para os povos que historicamente foram excluídos da sociedade”, afirmou.
Sobre o Parfor Equidade
O Parfor Equidade é uma ação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), idealizada junto à Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi/MEC).
O objetivo é formar professores em licenciaturas específicas para atendimento das redes públicas de educação básica ou das redes comunitárias de formação por alternância, que ofereçam educação escolar indígena, quilombola e do campo, assim educação especial inclusiva e na educação bilíngue de surdos. Os cursos serão na modalidade presencial e terão funcionamento semestral na perspectiva da Alternância Pedagógica (Tempo Ambiente Acadêmico/TAA + Tempo Território Indígena/TTI), em tempo integral (matutino e vespertino).