Vida e Arte se entrelaçam na abertura do VIII Festival das Culturas da Unilab
Marcado pelo protagonismo estudantil, evento mostra toda a relevância da arte e da cultura na universidade.
O VIII Festival das Culturas da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) começou nesta quarta-feira, 23 de outubro de 2024, no Campus da Liberdade, em Redenção/Ceará, com uma rica e diversa programação cultural, retratando com precisão o tema desta edição: “Tradição, Inclusão e Democratização pela Arte”.
Desta forma, o evento reafirmou, logo na abertura, o papel central da arte e da cultura na vida acadêmica unilabiana, especialmente com o protagonismo estudantil. Neste ano, o evento contou com o desempenho fundamental dos/das estudantes que atuaram e atuam tanto na produção do evento como nas apresentações artísticas, marcando presença, portanto, em todas as fases do Festival.
Em seu discurso de abertura, o Reitor da Unilab, Prof. Dr. Roque Albuquerque, enfatizou a importância do festival para a universidade, destacando que toda a programação e a monitoria são realizadas pelos próprios estudantes. Ele também mencionou o edital de bolsas, implementado pela gestão, que garante cachês aos alunos por suas apresentações, fortalecendo o envolvimento e o reconhecimento do trabalho artístico dentro da universidade.
O reitor anunciou ainda que a Coordenação de Arte e Cultura está em fase de transição para se tornar uma secretaria e, futuramente, uma Pró-reitoria, que também englobará o esporte, ampliando o apoio nessas áreas.
A Vice-Reitora, a Prof. Dra. Cláudia Carioca, destacou que o Festival das Culturas é um marco para a Unilab, crescendo ano após ano, com maior participação da comunidade acadêmica. Ela ressaltou a força da diversidade presente na universidade e a relevância da arte e da cultura como instrumentos de inclusão e valorização das tradições.
O Coordenador de Arte e Cultura, Nixon Araújo, ressaltou o impacto social e político da arte, destacando que o crescimento do festival é resultado da força da comunidade acadêmica. Ele afirmou que a gestão da Unilab tem dado mais atenção à arte e cultura, e que o Festival precisa continuar crescendo para se consolidar como referência cultural dentro e fora da universidade.
Nixon Araújo também fez a abertura oficial da Mostra INTEGRARTE de Artes Visuais, com a presença de alguns dos artistas. Matheus Felipe (Peixe Negro), criador da exposição “Damásia: a história recontada”, destacou a importância de ressignificar a história de Damásia, uma figura fundamental no processo abolicionista local, que muitas vezes é invisibilizada ou representada de forma estereotipada.
“Damásia não foi apenas uma vítima, mas uma mulher de luta e resiliência, que batalhou judicialmente pela liberdade de seus filhos, desafiando o sistema escravista antes da abolição formal”, afirmou Matheus, enquanto também reconheceu o apoio da equipe de arte e cultura da Unilab na realização da exposição.
Outro destaque foi a exposição “A força do Axé na cultura brasileira”, de Leopoldo Gonçalves, que explora a influência da religiosidade afro-brasileira na formação cultural do país. “A Umbanda e o Candomblé foram pilares de resistência e sobrevivência para os povos escravizados e os quilombolas, ajudando a moldar a cultura do Brasil”, afirmou Leopoldo, agradecendo à Coordenação de Arte e Cultura pelo suporte.
Após a abertura, o Palco Campus da Liberdade foi palco de uma Roda de Capoeira Contemporânea com o Grupo Camuã, focada em Ancestralidade, Oralidade e Tradição. A noite seguiu com a performance musical de Breizi OGC, e foi encerrada com um emocionante tributo à Dona Ivone Lara, realizado pelo Grupo Integrasamba.
O festival no Ceará continua até o dia 26 de outubro, antes de seguir para o Campus dos Malês, na Bahia, entre os dias 29 e 31 de outubro, promovendo ainda mais a arte e cultura como pilares essenciais na Unilab.
Continuação da Programação do Festival no Ceará
24 de outubro: Oficinas de artes visuais e música, além da Mostra INTEGRARTE de Audiovisual, que exibirá filmes, curtas e documentários produzidos por estudantes, abordando temas como inclusão, identidade e resistência cultural.
25 de outubro: Continuam as atividades culturais, com destaque para as apresentações musicais e teatrais realizadas pelos estudantes, como parte da programação artística do festival.
26 de outubro: O festival no Ceará se encerra no município de Guaiúba, com apresentações de música e dança, incluindo grupos de maracatu, além de uma homenagem especial às tradições afro-brasileiras.
Programação do Festival na Bahia
De 29 a 31 de outubro, o festival segue para o Campus dos Malês, na Bahia, onde novas atividades artísticas e culturais serão realizadas. Veja abaixo a programação completa, que, este ano, amplia ainda mais o alcance do festival.