Conferência em alusão ao Dia da Mulher Guineense ocorre nessa quinta-feira, 30 de janeiro
O Coletivo de Mulheres Africanas (CMA-Unilab), em parceria com o Centro de Estudos Africana (CEA) e Núcleo de Estudos Africanos e Afro-Brasileiro e Indígenas (Neabi), da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), realiza a III Conferência Internacional em Celebração ao Dia da Mulher Guineense. A transmissão do evento será realizada via canal do Youtube Njinga & Sepé, a partir das 11 horas. Haverá certificado para os participantes.
Nesta edição, o evento aborda o tema “Titina Silá: uma ancestral e a travessia revolucionária”, celebrando o Dia das Mulheres Guineenses, em 30 de janeiro. A conferência visa celebrar os legados e as resistências das mulheres guineenses frente aos desafios contemporâneos. Os objetivos do evento incluem reflexões sobre os fenômenos sociais geracionais; experiências das mulheres na atual conjuntura e como essas dinâmicas impactam as lutas sociais; políticas públicas voltadas para equidade de gênero; mudanças climáticas e violências de gênero.
A conferência conta com a participação de pesquisadoras/res, escritoras e ativistas para uma jornada reflexiva sobre os legados políticos, ancestrais da combatente da Luta para a Libertação Titina Silá. “É também uma homenagem para reverenciar as lutas e resistência de uma ancestral que esteve presente em tão necessária travessia em prol da libertação das mulheres africanas face às violências (neo)coloniais, na atual conjuntura social e política”, ressaltam as organizadoras.
Confira a programação:
Mesa-redonda I – Protagonismo Histórico das Mulheres na construção da Soberania e as Estratégias de Re-existência na atual conjuntura.
Convidado/as:
- Arthimiza Mendonça, apresentadora do programa “Na Djemberém ku Miza”, idealizadora da Conferência Conversa de Mulher para Mulher e responsável de Comunicação da Caritas Guiné-Bissau, representante Internacional Oficial da Rede Sem Fronteiras na Guiné-Bissau, fundadora e diretora das Plataformas “Nha Peli i Nha Identidadi” e “Conversa de Mulher para Mulher”. Idealizadora da campanha “Amo a minha pele” e “Stop ao feminicídio na Guiné-Bissau”, em quase todas as línguas nacionais e em três línguas estrangeiras. Presidente da ONG “Balur di Kidadania”. Mendonça foi eleita em 2024 pelo Centro de Empreendedorismo e Liderança, como “100 Mulheres Mais Influentes da Áfrika” e igualdade pelo BANTUMEN, como “100 Personalidades Negras Mais Influentes da Lusofonia”, e ainda no mesmo ano foi eleita “Líder Emergente da Áfrika”.
- Lizidoria Mendes é escritora guineense, atualmente cursando mestrado em Sociologia com especialização em Estudos de Gênero na École des Hautes Études en Sciences Sociales(EHESS), em Paris. Reconhecida como uma das 100 personalidades mais influentes da CPLP pela revista Bantumen, Lizidoria é autora do romance Sentimentos e Razão, que explora temas como empoderamento feminino e justiça social. Com ampla experiência profissional, Lizidoria atuou como Oficial de Engajamento Juvenil na Plan International Guiné-Bissau, onde liderou GIRLS OUT LOUD, uma plataforma de meninas para meninas que conta com mais de 700 meninas, um programa de participação política e social de jovens mulheres, inspirando transformações concretas na comunidade.
- Mohamed Salum Seidi, mestrando em Sociologia pelo Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-Iul); adido Diplomata do Ministério dos Negócios Estrangeiros, da Cooperação Internacional e das Comunidades da Guiné-Bissau; chefe de Departamento do Médio Oriente e da Divisão de OCI, Direção Geral da Política Externa; diretor administrativo e financeiro da VIGI+ SARL GB.
- Mediação: Andreia Baticam – graduanda em Letras, CMA-Unilab.
Mesa-redonda II – Desafios de Gênero, Educação e Políticas Públicas na Guiné-Bissau
- Aminata Arcadia Vaz Jaité– graduada em Pedagogia pela Unilab, mestranda em Educação (UFRGS), coordenadora do Coletivo de Mulheres Africanas, CMA-Unilab.
- Edneuza Diamantino Cá – bacharel em Humanidades e licenciada em Ciências Sociais pela Unilab; mestre em História da África, da Diáspora e dos Povos Indígenas pela UFRB.
- Aniela Fabriciana Ribeiro da Silva- bacharela em Ciências Humanas e licencianda em Pedagogia pela Unilab. Poetisa e escritora, com foco na valorização da ancestralidade africana e na luta por uma educação descolonizada.
- Mediação: Amadú Nduru, bacharel em Humanidades, graduado em Ciências Sociais e mestrando pela UFBA.
O evento conta com a organização de Rutte Andrade, Peti Mama, Zelinda Barros, Aminata Jaité e Hulda Calala.