Evento discute as lembranças do dia três de agosto e o seu reflexo na sociedade bissau-guineense
Os estudantes guineenses do curso de História realizam nesta sexta-feira (02), no Auditório do Bloco Didático do Campus da Liberdade, em Redenção/CE, evento alusivo ao dia 03 de agosto, que é uma data histórica e inesquecível na memória do povo da Guiné-Bissau.
Sob o lema “História social do trabalho: as lembranças do três de agosto e o seu reflexo na sociedade bissau-guineense”, o evento discute o florescimento do nacionalismo guineense, assim como os efeitos desse marco histórico na história da Guiné-Bissau.
Esta atividade terá duas mesas de debate. A primeira mesa com o tema “Três de agosto é um nacionalismo condicionado?”, acontece das 9h30 às 12h30 e contará com os seguintes debatedores: a professora Artemisa Candé e os estudantes Heuler Cabral e Samuel Cumprido. A segunda mesa, das 14h às 17h, com a participação da professora Natalia Cabanillas e dos estudantes Juvinal Domingos e Anastacia Nola, vai debater: “Semelhanças e diferenças do estado colonial e atual em Guiné-Bissau.”
O avento terá certificação!
Sobre o Três de Agosto de 1959
O Três de Agosto representa uma data histórica e inesquecível na memória do povo da Guiné-Bissau. Num período conturbado e de muitas agitações entre o poder colonial e trabalhadores autóctones, criou-se em 1958 de forma clandestina a União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG). Este movimento sindical desencadeou uma greve geral dos estivadores e marinheiros em 3 de agosto de 1959. Os trabalhadores do porto de Pindjiguiti, marinheiros, estivadores, cozinheiros e alguns chefes da casa Gouveia, reivindicavam aumentos salariais e melhores condições de vida. Por conta disso, foram brutalmente massacrados pelas forças do poder colonial. No dia 03 de agosto se celebra, portanto, a memória dos trabalhadores de Cais de Pindjiguiti.