Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira
Universidade Brasileira alinhada à integração com os países membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)

XI Semuni bate recorde com a apresentação, no Ceará e na Bahia, de 1.184 trabalhos científicos

Data de publicação  02/10/2025, 14:12
Postagem Atualizada há 2 meses
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Qual o melhor ponto de vista para se avaliar um evento da grandeza de uma Semana Universitária (Semuni), que é, sem dúvida alguma, a ação acadêmica mais importante da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab)? Os números absolutos dos trabalhos apresentados e das participações direta dos técnicos, docentes e discentes, abrangendo a tríade Ensino, Pesquisa e Extensão? A capacidade de resistir e realizar mesmo quando as condições financeiras são adversas, desencorajadoras? A junção de forças de um trabalho coletivo e integrado, que encontra no engajamento dos diversos setores que compõem a universidade a sua melhor forma e performance? A capacidade de ir além dos muros acadêmicos, interagindo e influenciando de forma positiva a comunidade externa, mudando a realidade não apenas dos municípios onde há os campi da Unilab, como Redenção, Acarape, Baturité, no Ceará, e São Francisco do Conde, na Bahia, mas também toda uma região, como o Maciço de Baturité? A capacidade de inovar, fazendo com que cada edição não somente se diferencie da anterior, mas que apresente evolução qualitativa e assim consiga ampliar e envolver a diversidade?

A resposta não é simples como não é menos complexa a realização de uma Semuni, com suas vozes diversas e públicos heterogêneos.

Apresentações de trabalhos/pesquisas científicas.

Ao pedir à gestão superior e aos organizadores uma avaliação da XI Semana Universitária, que este ano trouxe como tema “Ensino, Pesquisa e Extensão em Tempos de Inteligência Artificial: Implicações, Riscos e Possibilidades à Educação”, pode-se concluir que não há um ponto de vista privilegiado para se entender a dinâmica deste evento grandioso, que é feito com muitas mãos e várias cabeças pensantes, que depositam esforço e trabalho para que a próxima edição seja sempre melhor que a anterior e assim sucessivamente, sem cessar.

Então, respondendo à questão inicial, o que se pode depreender dos enunciados dos envolvidos diretamente nesta edição é que uma Semuni bem sucedida se faz, como a afinação de uma orquestra, sem privilegiar este ou aquele setor, sem sobrepor esta ou aquela voz, sem enaltecer este ou aquele instrumento. É preciso, portanto, ver como a execução se dá no todo, como a orquestra toca, ciente de que é essa afinação coletiva, sintonizada, que vai trazer/mostrar resultados ao público interno e externo.

De acordo com a avaliação geral, a Semuni foi um concerto muito bem executado, com números expressivos e participações recordes, que agradou bastante, mas que, mesmo assim, precisa aprimorar, abrir novos caminhos, ampliar a participação e os espaços internos e tentar ir cada vez mais longe para estar cada vez mais perto da comunidade.

Esta é, aliás, a avaliação do reitor da Unilab, Roque Albuquerque, no tocante, principalmente, a uma maior interação com as prefeituras e escolas da região: ”Qualquer olhar, seja tranquilo ou crítico, pode ver/perceber que essa edição foi diferenciada, seguiu o padrão da edição anterior que já foi muito impactante. A gente fez mais um movimento pra frente e, com isso, esperamos continuar consolidando a cultura do empreendedorismo, da inovação, da pesquisa, do ensino e da extensão”, disse e ressalvou: “Mas é preciso que na próxima edição a gente tenha aí uma parceria maior com as prefeituras e as escolas de ensino médio do Maciço do Baturité, que precisam estar dentro da universidade”.

Evento Inova Maciço um dos destaques da XI Semana.

O reitor falou ainda da necessidade de se avançar com o trabalho intersetorial: “A Prograd (Pró-reitoria de Graduação), com o professor Tiago a frente e toda a equipe, trabalhou com muito afinco para realizar a Semuni, com o apoio das nossas pró-reitorias, que, conectadas, fizeram valer a questão multisetorial. Eu gosto disso (dessa dinâmica). Sei que há uma tendência de querer que uma pró-reitoria faça sozinho e depois a outra. Já eu prefiro a integração, que é uma maneira de superar as dificuldades de relações naturais de um setor com o outro”.

Outro ponto levantando pelo reitor foi a possibilidade de internacionalização deste evento: “Na próxima (edição) a gente quer dar uma olhada internacional. Esse é o desejo que eu tenho: ver uma Semana Universitária com participação internacional, não somente da região. Uma Semuni também com pesquisas conectadas e de olho na internacionalização. Isso é muito importante”.

Roque Albuquerque exaltou também a realização do Inova Maciço: “A Semuni do ano passado – sob o encargo da Proppg – isso precisa ser destacado, teve avanços visíveis de organização e logística. Agora, sob a alçada da Prograd, nós adicionamos algo que eu creio que deve se tornar corriqueiro e parte do nosso dia a dia: o Inova Maciço”.

A vice-reitora, Eliane Gonçalves, destacou o papel da inclusão durante a Semuni: “Eu fiquei muito feliz com o eu vi aqui no Ceará e na Bahia.  Acho que a gente mostra o papel principal da Universidade, que é fazer pesquisa, ensino, extensão, estando aberta e cada vez mais próxima da comunidade”, disse e acrescentou: “Essa foi a minha primeira Semuni estando aqui, na reitoria, e percebi um engajamento muito forte com a comunidade, com o entorno, com o território. E isso é um ganho para a universidade. Também identifiquei que desses mais de mil trabalhos que foram apresentados, todos tinham uma preocupação com a questão da inclusão, além de apresentar elementos que melhorem a vida das pessoas. Isto reforça nosso papel como universidade”.

Para o coordenador geral da Semuni e pró-reitor de Graduação, Thiago Moura, apesar dos parcos recursos, os números desta edição são, além de surpreendentes, um retrato da pluralidade e da riqueza da pesquisa científica: “A XI Semuni da Unilab nos surpreendeu! Mesmo com recursos limitados para as demandas do evento, não prejudicou o brilho e a motivação das pessoas! Com mais 1.184 trabalhos científicos apresentados, no Ceará e na Bahia, destacamos a pluralidade, a riqueza de informações e a participação do público externo. Na organização, tivemos a preocupação em convidar escolas das regiões para apreciar o evento e houve uma participação relevante! Nessa edição, não foi possível concentrar todas as atividades no campus das Auroras (Ceará) pelo número de eventos cadastrados. Todas as situações atípicas foram contornadas e sem prejuízo para o evento. A realização do Inova Maciço (Sebrae) foi um ponto expressivo de avanços da parceria da instituição com outros setores. Finalizamos a Semuni com a sensação de dever cumprido e que superamos nossas expectativas!”

Apresentações de trabalhos/pesquisas científicas.

Segundo o pró-reitor de Extensão, Arte e Cultura (Proex), Ricardo Ossagô, essa edição foi também um ato de resistência: “Está XI Semana Universitária, em especial, figurou como um movimento de resistência e lutas dos reitores (as) e promotores diante das dificuldades financeiras atualmente enfrentadas pelas universidades públicas brasileiras. É importante registrar e divulgar que, apesar do contexto tão complexo, as Universidades e a Unilab seguem respirando com resultados importantes e impactantes, disse e destacou o recorde alcançado no XII Encontro de Extensão: “Foram 347 inscrições e 300 trabalhos validados e apresentados, superando significativamente a média anual de 150 a 200 trabalhos nas edições anteriores. Isso demonstra o crescente engajamento da comunidade acadêmica com a extensão”.

Já a pró-reitora de Políticas Afirmativas e Estudantis (Propae), Cláudia Carioca, ver uma notória evolução a cada ano, de uma edição para a outra: “A XI Semuni foi um sucesso! A cada ano a organização do evento vem se aprimorando a partir da avaliação feita no ano anterior e isso está dando muito certo porque as falhas ocorridas vão sendo sanadas. O que vi foi a Unilab em movimento e em total integração com a comunidade externa, haja vista termos sediado o Inova Maciço com a presença ilustre da Secretária Sandra da Secitece e do Secretário Inácio Arruda da SEDES do MCTI e recebermos diversas escolas e egressas e egressos da Unilab. Os trabalhos e pesquisas apresentados mostram o quanto a Unilab tem contribuído para o desenvolvimento do Maciço de Baturité e de São Francisco do Conde e de como estamos no caminho certo para a formação de excelência das nossas e dos nossos discentes através de ensino, extensão, pesquisa e inovação de alta performance”.

O pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação (Proppg), Alexandre Cohn destacou os eventos que as coordenações promoveram, “como, por exemplo, a coordenação de pós-graduação fez a segunda edição do Café com Egressos, onde contamos ali com mais de 50 pessoas, com a participação dos oegressos e também com estudantes de graduação e de outras instituições,  ouvindo falas o sobre os desafios, os comprometimentos e as perspectivas da pós-graduação, falas sobre todas as vivências de pós-graduando egressos dos cursos da Unilab. Foi muito interessante isso.”

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