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O historiador francês Michel Cahen discute lusofonia e África lusófona na Unilab

Data de publicação  04/10/2013, 09:44
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Conferência no anfiteatro do Campus da Liberdade

Conferência no anfiteatro do Campus da Liberdade

O Grupo de Pesquisa Oritá, da Unilab, promoveu hoje (04) duas atividades com o prof. Michel Cahen, pesquisador da Universidade de Bordeaux, na França. Ele, que está no Brasil como pesquisador visitante na USP/Departamento de Sociologia, é historiador e especialista na evolução política da África contemporânea de colonização portuguesa, realizando suas pesquisas principalmente a partir de Moçambique.

No período da tarde, o prof. Cahen reuniu-se com alguns docentes da Unilab para discutir sobre os conceitos de África Lusófona e Lusofonia. O encontro aconteceu no auditório do Campus da Liberdade. À noite, o pesquisador proferiu uma conferência para o público universitário em geral sobre o tema “Heterogeneidade da África Colonial Portuguesa (1878-1975)”, no anfiteatro do campus.

Prof. Michel Cahen em encontro com docentes no auditório do Campus da Liberdade

Prof. Michel Cahen em encontro com docentes no auditório do Campus da Liberdade

Em sua fala, o prof. Michel Cahen fez análises críticas ao uso de conceitos como África Lusófona e Lusofonia. Para ele, o conceito de lusofonia é válido a nível político-institucional, mas não como conceito sociocultural. “Em Moçambique ou Guiné-Bissau a população como um todo não fala português ou pelo menos não tem o português como língua materna. Não se deve utilizar o conceito de lusofonia como se todos os habitantes de países de língua oficial portuguesa fossem lusófonos”, declarou.

Para o pesquisador, a experiência da Unilab é muito interessante para estudar e ele vislumbra que daqui a alguns anos haverá teses de doutoramento sobre as identidades que estão construindo a instituição. “A Unilab caminha na tentativa de criar relações horizontais que podem contribuir para um melhor equilíbrio das línguas. O importante é não entrar numa ideologia do imperialismo cultural, de impor a língua portuguesa a povos africanos”.

Encontro com docentes

Encontro com docentes

Para a professora Jacqueline Pólvora, membro do Grupo de Pesquisa Oritá, as discussões promovidas pelo prof. Cahen trazem temáticas vinculadas não apenas à pesquisa do grupo, mas à própria ação da Unilab, contribuindo tanto para a formação dos alunos quanto dos professores.

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