Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira
Universidade Brasileira alinhada à integração com os países membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)

Trimestre inicia com aula inaugural do profº. Kabengele Munanga, no Campus dos Malês

Por Assecom
Data de publicação  25/02/2015, 15:47
Postagem Atualizada há 11 anos
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Estudantes, professores e servidores

Na última segunda-feira (23), o Campus dos Malês iniciou as atividades acadêmicas do trimestre 2014.3 com Aula Inaugural ministrada pelo professor Kabengele Munanga. O evento teve o objetivo de dar boas-vindas aos estudantes brasileiros e estrangeiros matriculados nos cursos presenciais.

A mesa de abertura foi composta pelo convidado Kabengele Munanga; pela diretora do campus, professora Ludmylla Mendes; pela professora Matilde Ribeiro; e pelos coordenadores dos cursos de Letras e Bacharelado em Humanidades (BHU), professores Paulo Proença e Carlindo Fausto, respectivamente. Na oportunidade, os professores (a) recepcionaram os alunos e deram início, oficialmente, as atividades acadêmicas.

Professor Kabengele Munanga
Professor Kabengele Munanga

Em seguida, a palestra foi proferida pelo professor Munanga com o tema “Relação Brasil-África: rumos acadêmicos, econômicos, políticos e culturais”, a qual foi abordado os desafios e as conquistas na relação entre o país e o continente.

Para Kabengele, “os alunos precisam se conscientizar porque eles estão aqui. É uma universidade de integração e o que se busca é solidariedade entre o Brasil e a África, representada pela cooperação cultural e universitária. Os estudantes africanos estão aqui em um contexto de solidariedade do Brasil, com o objetivo de aprender ciência e tecnologia e depois levar isso à África para o desenvolvimento de seu país de origem. Eles precisam saber para que eles vieram e o que o Brasil tem a oferecer, além da importância da relação entre o país e o continente que é diferente entre as relações entre os países africanos e europeus, por exemplo, que foram os colonizadores da África”, disse ele.

“O que levou o Brasil a implantar a Unilab foi a solidariedade de trazer africanos para se desenvolverem tecnicamente e ter experiências profissionais de uma cultura mais parecida com a realidade dos africanos que são diferentes dos países colonizadores”, afirmou Kabengele.

Ainda segundo ele, “são convívios diferenciados que se destacam as relações humanas do contexto Sul-Sul diferente das relações entre os hemisférios Norte e Sul – aqui os estudantes encontram elementos de sua história e de sua cultura. O Brasil é um país com o mesmo tipo de ecossistema, é tropical e com tecnologias que podem ser melhores aproveitadas pelos africanos. Se eles tiverem essa consciência a experiência pode ser bem aproveitada”.

Professor Kabengele é antropólogo; aposentado da Universidade São Paulo (USP); possui graduação em Antropologia Cultural pela Université Officielle Du Congo à Lubumbashi (1969); doutorado em Ciências Sociais (Antropologia Social) pela Universidade de São Paulo (1977); e atualmente é professor visitante da Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB). Tem experiência em Antropologia das Populações Afro-Brasileiras, atuando principalmente nos seguintes temas: racismo, identidade, identidade negra, África e Brasil.

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