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Alunos de Agronomia participam do Encontro dos Profetas da Chuva

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Data de publicação  10/01/2013, 17:25
Postagem Atualizada há 11 anos
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Os alunos do Curso de Agronomia da Unilab vão participar este ano do XVII Encontro dos Profetas da Chuva, que será realizado neste fim de semana em Quixadá. Durante o evento, que ocorre anualmente, cerca de 35 profetas vindos de outros municípios e de outros Estados fazem previsões sobre a quadra invernosa a partir da observação de fenômenos e elementos da natureza. Cerca de 110 estudantes da Unilab participarão do evento no sábado (12) que é quando os profetas se reúnem, a partir das 9 horas no Parque de Exposição de Quixadá, para fazer seus prognósticos de inverno. A ação é promovida pela Coordenação do Curso de Agronomia da Unilab.

De acordo com a coordenadora do Curso, Albanise Barbosa Marinho, o conhecimento popular usado para a previsão das quadras chuvosas serve principalmente para a agricultura familiar, um dos focos do Curso de Agronomia da Unilab. É a partir das previsões dos profetas da chuva que muitos agricultores do Interior projetam quanto irão plantar e, consequentemente, têm ideia de quanto vão colher.

O professor do Curso de Agronomia, José Ribamar Furtado de Souza, explica que o Curso de Agronomia da Unilab tem a concepção de trabalhar o conhecimento científico aliado ao conhecimento do nativo, do agricultor. “No curso, os professores fazem um trabalho de sensibilização dos alunos para que eles saibam que o conhecimento do nativo também faz parte da formação do conhecimento. Embora, o agricultor não seja partícipe do conhecimento científico, ele tem um sentimento de investigação”, diz.

Erlon, Rafaelly e Dalber vão participar pela primeira vez do Encontro

Rafaelly de Aguiar, Dalber Silva e Erlon Silva, alunos do quinto trimestre do Curso de Agronomia, vão participar pela primeira vez do Encontro dos Profetas da Chuva. Rafaelly diz que o conhecimento da sabedoria popular usada pelo homem do campo é fundamental para o agrônomo. “Muitas vezes, as práticas usadas por eles são diferentes dos métodos científicos, mas também são muito importantes”, diz. Dalber reforça que a o profissional agrônomo deve ter conhecimento da sabedoria popular nas práticas agrícolas para melhorar o seu trabalho. “O conhecimento científico adquirido na universidade será complementado pelo conhecimento da cultura do pequeno agricultor”, diz.

Para Erlon, que mora no município de Aratuba, a observação da natureza para prever um bom ou mau inverno é uma prática conhecida há muitos anos. “Minha mãe é agricultora familiar e ela tinha algumas práticas para saber se ia chover. Segundo ela, se no primeiro dia do ano, o dia nascesse com barra era sinal de um bom inverno. Ela também usava colocar uma pedra de sal pra dormir no sereno. Se amanhecesse molhada, também chovia. Ou então, ela observava o formato da Lua. Comprovado cientificamente ou não, eu sei era que dava certo. Por isso, eu respeito muito esse conhecimento”, diz.

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