Os professores da Unilab, Bas´Ilele Malomalo e Bruno Okowdowa, Izabel Cristina dos Santos Teixeira e Ludmylla Mendes Lima, participarão da programação do III Encontro Internacional de Literaturas, Histórias e Culturas Afro-Brasileiras e Africanas: Narrativas e Identidades Culturais e para o V Colóquio de Literatura Afro-Brasileira e Africana. Os eventos ocorrerão entre os dias 19 e 22 de novembro, na Universidade Estadual do Piauí (UESPI) – Campus Poeta Torquato Neto, em Teresina, no Piauí.

As inscrições para submissão de trabalhos podem ser feitas até o próximo dia 30 e para ouvintes até o dia 05 de novembro. Os encontros são organizados pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas Afro (NEPA) e pelo Mestrado em Letras da UESPI e tem como objetivo estabelecer intercâmbios dos saberes através da investigação científica e da interdisciplinaridade.

Confira abaixo mais informações sobre a participação dos docentes da Unilab na programação do evento.

Palestra: O continente africano e suas línguas no século XXI: alguns exemplos
Convidado: Bruno Okoudowa.

O continente africano é compostos de países multilíngues. Entretanto, quase todos os países africanos têm uma língua estrangeira como língua oficial. As principais são: o inglês, o francês, o árabe e o português. Raros são os países que têm uma língua oficial oriunda do próprio continente. Neste sentido, o presente trabalho tem por objetivos: 1) fazer essa reflexão, apresentando alguns exemplos de diversidade linguística em alguns países africanos; 2) mostrar como esses países estão tratando suas línguas. Trata-se portanto de uma discussão multi e interdisciplinar que envolve campos de saberes distintos, como a história, a sociologia, a linguística, a política, a economia, e outros.

Palestra: Panafricanismo e Renascimento Africano e das Diásporas Africanas (1963-2013).
Convidado: Bas´Ilele Malomalo

A Organização da União Africana (OUA) faz 50 anos de fundação (1963-2013). Em 1963, os dirigentes africanos, para consolidar a luta da sua libertação, assinaram acordos de formação de uma organização continental. Em 1999, esta foi transformada em União Africana (UA). Numa de suas cúpulas, os dirigentes africanos declararam o ano de 2013 como o ano do Pan-africanismo e do Renascimento Africano. Estes foram, no tempo da sua elaboração, resultados das solidariedades históricas entre povos africanos e seus descendentes das diásporas espalhados pelo mundo. O autor apropria-se da história da África para refletir sobre a importância do panafricanismo na luta de libertação dos africanos contra a colonização e contra os desafios contemporâneos que levam seus intelectuais e políticos a discursar sobre o renascimento africano.

Mesa Redonda: Poéticas Africanas, Afrodescendência e Música.
Convidados: Derivaldo dos Santos (UFRN), Izabel Cristina Teixeira (Unilab), Ludmylla Mendes Lima (Unilab) e Feliciano José Bezerra Filho (UESPI).

Relações entre a ancestralidade musical africana e o samba urbano no Brasil: um olhar sobre Clementina de Jesus. Convidada: Ludmylla Mendes Lima (Unilab)

A presença africana na música brasileira e a análise das matrizes que mais influenciaram em sua criação têm recebido certo interesse por parte dos pesquisadores ao longo das últimas décadas. Assim, está reconhecido que duas matrizes africanas básicas desenvolveram-se e resultaram na música urbana que conhecemos hoje no Brasil: a matriz conguesa e a matriz iorubana. O intuito deste trabalho é a realização de uma análise mais detida deste processo tendo como foco a música e a arte de Clementina de Jesus. Por que mãe Quelé é considerada o elo perdido do samba?

A poética das Áfricas nos acordes das canções. Convidada: Izabel Cristina Teixeira (Unilab)

A África é tema de canções, em muitas partes do mundo. Sua representação destaca, em geral, aspectos peculiares da cultura deste continente e os efeitos de suas diásporas. Entre referências à resistência à exploração de suas riquezas (material e imaterial), manifestações de amor ao espaço local e, ainda, referências ao sagrado, entre outras abordagens, este trabalho se propões a fazer uma análise literária de quatro composições (em português, crioulo cabo-verdiano e alemão), com o objetivo de discutir as “imagens de África” presentes, tomando por base a teoria pós-colonial.

Mais informações no site do evento.