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ANGOLA – Documentário sobre identidade angolana no festival de Cannes

Data de publicação  16/05/2014, 11:50
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“Angola Ano Zero” começa com uma melancólica música cubana de Frank Delgado, chamada Veterano, que fala de uma Angola estranha, melancólica vista da perspetiva de um veterano de guerra cubano que vai lutar para Angola. Essa Angola, da televisão cubana, era um pouco a Angola de Ever Miranda, o realizador de “Angola Ano Zero”, que se mudou de Cuba para Angola com 23 anos para trabalhar.

A partir desta quinta-feira, 15 de maio, “Angola Ano Zero” pode ser visto no Festival de Cinema de Cannes. O filme foi nomeado para a seleção do Short Film Corner de Cannes, algo que deixa Miranda muito feliz: “eu apostei nisso, eu sabia que aí ia entrar e então entrou e vamos promover. É para promoção sobretudo, vamos encontrar novos mercados para comercializar o filme”. Tudo isto não impede algum entusiasmo, diz Miranda: “É a primeira vez que vou a Cannes, estou muito contente e claro que a minha esperança é encontrar novos caminhos, meios de comercialização para o documentário”.

Cinema em Angola

Miranda diz que a produção cinematográfica em Angola é muito difícil: além de existirem poucos ou nenhuns investidores e pouco material, as pessoas não estão habituadas a câmaras. “Angola é muito difícil, é um dos países mais difíceis para filmar” diz Miranda. “As pessoas fogem da câmara, não gostam da câmara, mesmo na rua. Foi muito difícil. Para os comprometer a falarem no documentário foi realmente muito difícil porque Angola continua a ser um país de contradições, o país que está em formação, em que as pessoas temem falar abertamente. Ainda está nesse processo de democratização”.

Fonte: Deutsche Welle

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