GUINÉ-BISSAU – Filme do guineense Sana N’hada fala da influência estrangeira no país
O filme “Kadjike”, realizado pelo guineense Sana N’hada, estreou mundialmente em junho de 2014. “Kadjike”, arquipélago que faz parte da Guiné-Bissau, significa mata sagrada onde os jovens vão aprender as coisas da vida.
“Tal como no paraíso original, os habitantes do arquipélago Bijagós vivem de acordo com as tradições dos seus antepassados e em absoluto respeito pela natureza, até que um dia, traficantes de droga ocupam as suas ilhas sagradas. Quando o feiticeiro da aldeia morre, tudo parece estar perdido, mas o seu jovem aprendiz aceita ser o sucessor e decide lutar contra os invasores para salvar a aldeia”, esclarece o resumo da obra de ficção. Segundo Sana N’hada, no filme, os personagens vivem em consonância com os espíritos dos antepassados e nesta aldeia fictícia existe uma ilha para a prática da agricultura.
“A ideia é que aquilo que eles têm e a maneira que vivem é muito bom, mas que, se continuarem assim, os estrangeiros podem-lhe levar tudo. Estão realmente a levar tudo. Há pesca furtiva e abuso de recursos. Eles podem ficar sem nada. É o caso de toda a Guiné-Bissau e de toda a África”, explica N’hada
No filme, a esperança está no casal de jovens que assume a missão de salvar a ilha.
Sana N’hada é conhecido também por ter feito o registro das primeiras imagens sobre Amílcar Cabral, pai da independência da Guiné-Bissau, em setembro de 1972.
Assista ao trailer do filme em: Kadjike.