Mestrado Interdisciplinar em Humanidades realiza Seminário de Pesquisa em Estudos de Gêneros
O Mestrado Interdisciplinar em Humanidades realiza no dia 18 de maio, das 14h às 17h, no Auditório II do Campus das Auroras, em Redenção/CE, o “Seminário de Pesquisa em Estudos de Gêneros: perspectivas, estratégias e desafios”. O evento contará com palestras dos docentes da Unilab: Luma Nogueira, Cadu Bezerra e Kaline Girão, enquanto o debate fica a cargo do professor Victor Macedo.
A organização solicita que o participante doe 1 kg de alimento não perecível, que será destinado ao movimento dos estudantes que ocupam as escolas estaduais do grande Bom Jardim.
O evento emitirá certificado aos participantes.
Os temas que serão apresentados e discutidos serão:
“Travestis na Escola: Assujeitamento e Resistência à Ordem Normativa”,
com a professora Luma Nogueira:
“A palestra tem como objetivo desvendar as resistências e os assujeitamentos das jovens travestis na escola. Evidencia-se o uso de táticas de que as jovens/estudantes/travestis se valem para burlar a disciplina e o controle, a fim de produzir linhas de fuga para o acesso e a permanência no espaço escolar”.
“Estudos de gênero e movimentos sociais: perspectivas e desafios”
com o professor Cadu Bezerra.
“A pretensão é a de destaque a importantes considerações a respeito dos Estudos de gênero como campo/prática de pesquisa. É fundamental o diálogo com os movimentos sociais, sendo alguns deles já tradicionais, como o feminismo e o movimento LGBT. Porém, o surgimento de novos movimentos e de novos sujeitos precisam ser considerados, pois reconfiguram os estudos de gênero em nosso país e apontam novas perspectivas e desafios para o campo. Defende-se a ideia de que os Estudos de gênero precisam dialogar constantemente com os movimentos sociais, ou que precisam mesmo fazer parte deles, consideradas as interseccionalidades”.
” Violência linguística, erotismo e relações de gênero no forró eletrônico”,
com a professora Kaline Girão.
“Destaca-se a relação entre significação e violência de gênero, a partir dos estudos da violência linguística em uma prática cultural específica – o forró. Considerando a linguagem como ação e entendendo que esta ação delineia formas de subjetividades diversas, constituídas em práticas de violência na linguagem, pretende-se investigar, de modo específico, a constituição de “feminilidades” e de “masculinidades”, a partir do uso de palavras ofensivas e de imagens eróticas nas apropriações culturais do Forró Eletrônico. A partir dos estudos em pragmática cultural, percebe-se que, embora apareça como uma feição inovadora, o jogo de linguagem do forró eletrônico traz, em sua gramática, atos de fala que designam homens e mulheres como identidades conservadoras e fixas, presentes também na prática discursiva do forró tradicional.”