Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira
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Unilab assume cadeira no Conselho de Promoção da Igualdade Racial do Estado do Ceará

Cerimônia empossou representantes de 13 entidades da sociedade civil cearense. Unilab é a única Instituição de Ensino Superior.

Data de publicação  21/06/2021, 11:25
Postagem Atualizada há 3 anos
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Aconteceu de forma remota, às 15h da última sexta-feira (18), a solenidade de posse dos novos membros do Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial (Coepir/CE) para atuação no biênio 2021/2023. O evento ficou registrado no canal de Youtube da Secretaria Estadual da Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos (SPS/CE). A Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira (Unilab) foi uma das 13 entidades da sociedade civil a assumir cadeira no Coepir, representada pelo servidor Técnico Administrativo em Educação Carlos Alberto Muniz (vinculado ao Instituto de Linguagens e Literaturas – ILL/Unilab) e pela servidora docente Vera Regina Rodrigues da Silva (vinculada ao Instituto de Humanidades – IH/Unilab). A solenidade de posse contou com a presença da titular da SPS, Socorro França, e da Secretária Executiva da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Lia Gomes. 

O Coepir é um colegiado vinculado à SPS e composto por 26 representantes, sendo 13 do poder público e 13 da sociedade civil. Tem como finalidade participar da elaboração de critérios e parâmetros e acompanhar a formulação e a implementação de metas e prioridades que garantam igualdades de condições às populações negra, indígena, cigana e demais segmentos étnicos da população cearense. No final de 2020, lançou edital para seleção de 13 novas entidades representantes da sociedade civil. 

O servidor TAE Carlos Alberto Muniz assumiu como Conselheiro titular, representando a Unilab. Foto: Acervo pessoal.
A professora Vera Regina Rodrigues da Silva está como suplente. Foto: Rede de Reflexão e Ação Etnicorracial (RRAE)

A Unilab apresentou sua candidatura dentro da categoria “Instituição de Ensino Superior, com núcleo de estudos de etnias”, indicando o nome de Carlos Alberto Muniz para conselheiro titular e de Vera Regina Rodrigues da Silva para conselheira suplente. A eleição foi realizada, de forma remota, no dia 14 de abril. Dentro dos critérios para aprovação, destacam-se os pré-requisitos citados em edital: 

“Compartilhar dos princípios da Política Nacional para a Promoção de Igualdade Racial, aprovados na I, II, III e IV Conferências Nacionais de Promoção da Igualdade Racial;  Atuar há, pelo menos, dois anos, no enfrentamento ao racismo, na Promoção da Igualdade Racial, na defesa, garantia e ampliação dos direitos de, pelo menos, um dos grupos populacionais a seguir: negros, indígenas, ciganos, povos de terreiro de religiões de matrizes africanas ou afro-brasileiras, demais comunidades tradicionais e demais segmentos étnico-raciais

Como atua um Conselho?

“Os conselhos são, de forma geral, os lugares onde a sociedade civil e o governo sentam para construir políticas públicas para determinados grupos” explica o professor Evaldo Ribeiro de Oliveira, Coordenador de Direitos Humanos na universidade (CDH/Unilab). “ Ter membros da Unilab nesse Conselho é importante, também, para perceber qual o papel da universidade para essas populações, para além de fazer pesquisas com esses grupos, de citá-los em seus trabalhos acadêmicos, nas suas aulas; para que esses grupos possam estar presentes na universidade para além de ‘datas especiais’, vamos dizer assim”. 

Carlos Alberto Muniz, servidor da Unilab há 6 anos e que agora representa a instituição como Conselheiro titular, afirma que o novo cargo atravessa sua história particular, lhe dando uma novas responsabilidades. 

“Eu particularmente nasci de pais e avós católicos, não tinha nenhuma referência relacionada à África, embora desde a adolescência me visse como um homem negro. Como a gente vive num país racista, é comum querer não ser negro. Quando cheguei na Unilab, há 6 anos, eu não sabia a que ponto eu chegaria. Vim para ser servidor, desempenhar o meu trabalho, mas o contato com essa história modificou a minha própria história. Estou muito feliz de estar nesse lugar. Tenho certeza que vou aprender muito sobre mim, sobre igualdade racial e sobre direitos humanos”, comenta.

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