Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira
Universidade Brasileira alinhada à integração com os países membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)

Celebração, debates, diálogos e atividades culturais marcaram a nona edição da Semana da África na Unilab, protagonizada pelos estudantes

O evento aconteceu nos dias 23 a 28 de maio, nos campi da Bahia e do Ceará

Data de publicação  31/05/2022, 17:26
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Mesas-redondas, palestras, debates, rodas de conversa, apresentações de trabalho, passeata, atividades culturais e desportivas integraram a programação da Semana da África 2022, na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) – evento que aconteceu nos dias 23 a 28 de maio, nos campi da Bahia e do Ceará. Após dois anos sendo realizado de forma remota, este ano aconteceu no formato híbrido, com atividades online e presenciais. O evento é alusivo ao Dia da África, celebrado em 25 de maio, data em que foi criada a Organização da Unidade Africana (OUA), em 1963, com o objetivo de libertação e emancipação do continente. A Semana da África este ano foi marcada também pelo protagonismo dos estudantes internacionais da Unilab.

A Semana da África para nós foi um momento único de união e celebração do espírito que há muito tempo tem nos unido e faz com que tenhamos, nesse evento, um espaço, um momento, de conversar, dialogar e falar sobre a África, sobre os problemas que são mais contemporâneos e atuais, sem esquecermos da história – tanto da pré-colonização, colonização, quanto do período pós-independência”, afirma o pró-reitor Segone Cossa, da Pró-Reitoria de Extensão, Arte e Cultura (Proex) da Unilab.

Ele também destaca que, pela primeira vez, o evento contou com a participação de representantes diplomáticos e consulares, além de autoridades dos ministérios de Ciência e Tecnologia e Educação, dos países parceiros. Cossa também sublinha a parceria com a prefeitura de Redenção/CE, por meio da Secretaria da Cultura; e com a prefeitura de Guaiúba/CE, através da Secretaria de Cultura e Juventude. “Conseguimos levar pela primeira vez a Semana da África no município de Guaiúba e para Redenção, na praça da Liberdade. Conseguimos bons resultados nesse processo de integração intercultural entre os discentes internacionais e com a população local”, aponta o pró-reitor.

Protagonismo discente

A Semana da África este ano foi protagonizada e organizada pelos estudantes internacionais da Unilab, que escolheram para a nona edição do evento o lema “Presença africana e negra na diáspora: Unilab em foco”. Esse lema foi escolhido com o propósito de falar sobre a nossa existência aqui na Unilab. De forma geral, a existência e a permanência de pessoas africanas, negras na diáspora, mas de forma particular, a presença principalmente dos estudantes internacionais de língua portuguesa aqui na Unilab”, explica o estudante guineense do curso de Agronomia (CE), Bernardino Domingos Mango, representante da Comissão que organizou o evento. 

Também para falar sobre a existência dos estudantes africanos na Unilab e sobre a África contemporânea – em conexão com outros países do mundo -, foi realizada uma passeata, organizada por discentes do campus dos Malês, com o lema “Falando de nós, num país africano e em São Francisco do Conde”. “Estamos aqui há mais de oito anos, mas ainda existem entraves de aceitação da presença africana na cidade”, aponta o estudante angolano de Ciências Sociais, Israel Mawete, que presidiu a comissão organizadora da Semana da África no campus dos Malês e é o atual presidente da Associação de Estudantes e Amigos da África (ASEA) da Unilab/Malês.

Ele aponta, ainda, que a Semana da África, no território baiano, foi organizada pelos estudantes africanos que trabalharam, inclusive, na criação dos grupos de trabalho e, também, na curadoria e mediação dos trabalhos. Mawete também destaca, no evento, a realização de lançamento de livros e a criação de um grupo de estudo, em função de demandas e necessidades que surgiram. “Um produto resultado da Semana da África, que nasceu a partir de uma oficina da docente Rutte Tavares, foi a criação de um grupo de pesquisa para entender a educação e o processo pedagógico do Egito antigo (Kemet)”, aponta Mawete.

Balanço do evento

Para a estudante de São Tomé e Príncipe, Eliane Borges, do curso de Humanidades, a realização da Semana da África foi um desafio. Integrante da organização do evento, no Ceará, ela também destaca a união das Associações de estudantes africanos, para realizar a Semana de forma conjunta. “Faço um balanço positivo, visto que cumprimos 96% da nossa programação”, pontua a discente, que também aponta para planos para a edição seguinte.

“Para o próximo ano, o fórum dos estudantes internacionais da Unilab-CE pretende lutar para que o Dia da África seja institucionalizado na Unilab, para permitir maior participação dos estudantes no evento, não só da comunidade da África, mas também dos estudantes nacionais”, declara a discente. Ela também destaca, nesta edição do evento, a participação mais efetiva das comunidades acadêmicas e externa nos momentos culturais fora do campi da Unilab/CE, na praça Obelisco e no Centro Educacional de Arte e Culutra, em Guaiúba/CE.

A participação das comunidades acadêmicas e também externa no evento também foi destacada pelo estudante Mamadú Cissé, secretário da ASEA/campus dos Malês. “É relevante pontuar a participação comunitária de pessoas fora da Unilab, da própria cidade de São Francisco do Conde e de outras regiões perto, que também participam e celebram esse evento juntamente conosco, o que demonstra essa tentativa, esse esforço de aproximar nossas vivências acadêmica com o público fora da universidade”, afirma o discente. 

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