Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira
Universidade Brasileira alinhada à integração com os países membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)

Representantes de instituições públicas de ensino superior na Bahia, entre elas a Unilab, reuniram-se com o governador eleito do estado

O encontro aconteceu na última segunda-feira (29/11)

Data de publicação  30/11/2022, 09:16
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                                                    Reitoras/es e representantes das instituições públicas de ensino superior da Bahia e o governador eleito no estado, Jerônimo Rodrigues

Reitoras/es e representantes de todas as instituições públicas de ensino superior da Bahia – entre elas a Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) – e o governador eleito no estado, Jerônimo Rodrigues, reuniram-se no Gabinete de Transição do governo da Bahia, na última segunda-feira (28). A Unilab esteve representada pela professora Mírian Reis, diretora do Campus dos Malês. Na ocasião, o governador eleito manifestou seu reconhecimento ao importante papel das universidades estaduais, federais e dos institutos federais como indutores de desenvolvimento que extrapolam a formação acadêmica, uma vez que apontam para a elaboração, a execução e o encaminhamento de políticas públicas fundamentais para o fortalecimento da população da Bahia.

Jerônimo Rodrigues agradeceu pela parceria constante e profícua que já existe entre as IFES baianas e o governo, relação que se estreitou e foi indispensável para as políticas de prevenção e enfrentamento à pandemia. Ciente das dificuldades enfrentadas pelas instituições, ele se comprometeu a somar esforços para a ampliação e consolidação das ações de ensino, pesquisa e extensão, através, por exemplo, do fortalecimento da FAPESB (Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Bahia), entre outras medidas.

Cada gestor/a teve a oportunidade de apresentar um pouco das suas instituições, especialmente no que se refere às várias ações integradas com a Educação Básica, através de práticas extensionistas, formação de professoras/es e projetos desenvolvidos em parceria com escolas, movimentos sociais e outras instituições em seus territórios. “A compreensão geral é a de que, mais do que propor novas ações, cumpre ao Estado e às Instituições articular a efetiva implantação de muitas estratégias já planejadas e que, seja devido à pandemia, seja devido às dificuldades de orçamento, pessoal e infraestrutura, não puderam ainda ser concretizadas”, coloca a diretora do campus dos Malês Mírian Reis.

                                                                         Governador eleito na Bahia, Jerônimo Rodrigues, e a diretora do campus dos Malês, Mírian Reis

“Primeiro, isso destaca a abertura do governador eleito para dialogar com nossas universidades, isso é um ponto muito positivo. Segundo, destaca ainda a abertura com as universidades, junto com o Estado, para que se construa uma política pública abrangente, eficaz e eficiente. E em terceiro, isso mostra e desenha para nós um tipo de administração nova que a Bahia vai ter na questão dessa relação universidade – produtora de ciências e de pesquisadores – juntamente com a educação básica, que é para onde a universidade leva a extensão até a comunidade. E, assim, podemos realmente mover a educação para outro patamar”, aponta o reitor da Unilab, Roque Albuquerque, que parabeniza o governador eleito pela iniciativa do encontro.

Na ocasião da reunião, também foi apresentado um panorama dos desafios enfrentados, especialmente pelas universidades e institutos federais, para garantir as condições mínimas de funcionamento em uma conjuntura nacional de sucateamento e desmonte do orçamento e das estruturas dessas instituições. A situação de vulnerabilidade de estudantes, devido ao corte sucessivo nos recursos para as políticas de permanência estudantil, foi também um ponto muito destacado pelos presentes. O governador eleito se comprometeu a atuar como aliado e como interlocutor das instituições baianas junto ao governo federal, porque compreende que, com universidades e institutos fortes, será possível agir de modo assertivo no que considera três pontos fundamentais de atenção do seu governo: 1. o combate à fome e à pobreza; 2. o combate ao analfabetismo; 3. a construção de projetos de futuro para a juventude.

Em sua apresentação, a professora Mírian Reis destacou a importância de consolidar a Unilab na Bahia, considerando que, “na sociedade brasileira, a fome e a pobreza têm cor, o analfabetismo tem cor, os jovens sem oportunidades e encarcerados têm cor, então, as políticas de educação só serão efetivas se forem interseccionadas com as estratégias de combate ao racismo estrutural, de revisão de metodologias e epistemologias e de reparação, como faz a Unilab”, aponta. Para a diretora, o futuro da juventude baiana, majoritariamente negra, precisa ser reescrito no presente, com o engajamento em garantir educação antirracista para construir uma nova realidade. Ela destacou ainda que o projeto institucional da Unilab não se circunscreve ao território baiano, mas alcança o Ceará, onde fica a sede da instituição e promove novas travessias atlânticas, na parceria com os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).

Como encaminhamento, as Instituições Públicas de Ensino Superior se comprometeram a apresentar um programa-síntese que deve ser entregue pelo governador eleito à equipe de transição do governo nacional, a fim de que as demandas das instituições baianas sejam pautadas no planejamento do novo governo. Para a professora Mírian Reis, “o encontro de gestores/as com a autoridade máxima do Estado da Bahia pontua um novo modelo de gestão, a partir da escuta, da valorização das redes colaborativas, do engajamento coletivo para a construção de justiça e cidadania através da Educação”, afirma.

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