A Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira (Unilab) foi representada pela docente do Instituto de Desenvolvimento Rural (IDR), Jaqueline Sgarbi Santos – coordenadora do Projeto de Fortalecimento em Ensino, Pesquisa e Extensão em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional da Unilab na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que esteve presente a solenidade de relançamento do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), no Palácio do Planalto, em Brasília/DF.

Após quatro anos de extinção do órgão, o governo federal, que traz o slogan “União e reconstrução” fez a recriação do  Consea, no dia 28 de fevereiro de 2023, para reafirmar o compromisso no combate à fome. A informação foi confirmada após publicação da edição especial do Diário Oficial da União (D.O.U), no dia 1º de janeiro de 2023.

O órgão busca assessorar o presidente da república na formulação de políticas e na definição de diretrizes para a garantia do direito humano à alimentação, e integrar as ações governamentais com vistas ao atendimento da parcela da população que não dispõe de meios para prover suas necessidades básicas, em especial o combate à fome. As regras para o funcionamento do colegiado ainda serão definidas em ato do Poder Executivo Federal.

Considerando a realidade que o Brasil encontra-se, com cerca de 33,1 milhões de pessoas vivendo em situação de insegurança alimentar e nutricional, segundo a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan).

Conforme a Agência Senado, o Brasil havia saído do Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas (ONU) em 2014, por meio de estratégias de segurança alimentar e nutricional aplicadas desde meados da década de 1990. Mas voltou a figurar no cenário a partir de 2015, obtendo um especial agravamento ao longo da pandemia de Covid-19 que afetou o mundo todo por dois anos a partir de 2020.

Em um novo relatório publicado em 2022, a ONU mostrou que o Brasil voltou ao Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), importante meio de divulgação que ajuda a avaliar, monitorar e prever a magnitude e gravidade da fome global – o II Inquérito Nacional de Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 (II VIGISAN) no Brasil apontou que 33,1 milhões de pessoas não têm garantido o que comer — o que representa 14 milhões de novos brasileiros em situação de fome. Conforme o estudo, mais da metade (58,7%) da população brasileira convive com a insegurança alimentar em algum grau: leve, moderado ou grave.

Participação da Unilab

Para Jaqueline Sgarbi, vice-coordenadora do curso de pós-graduação lato sensu (Especialização) em Segurança Alimentar e Nutricional (ESAN/IDR/Unilab), foi um momento importante para troca de diálogos e firmar parcerias para promoção e garantia da Segurança Alimentar e Nutricional nos territórios que a Unilab atua.

“a reconhecida experiência brasileira de combate à fome, inspirou muitas iniciativas na CPLP. Hoje temos o Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional da CPLP (Consan), do qual a Unilab faz parte, que auxilia na articulação de políticas de segurança alimentar nos países e tem se mostrado um importante espaço de debate, articulação e fortalecimento da estratégia de SAN do bloco”, ressaltou Jaqueline.

Jaqueline Sgarbi Santos –  mestre em Agroecossistemas, doutora em Agronomia, com ênfase em Desenvolvimento Rural e pós-doutora pelo Programa de Pós graduação em Sistemas de Produção Agrícola Familiar (FAEM/UFPel)(2016). Atualmente atua, também, como coordenadora do Curso de Engenharia de Alimentos (IDR-Unilab).