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Grupo Gere publica artigo sobre Educação Inclusiva em alusão ao Dia Internacional da Síndrome de Down

Data de publicação  13/03/2023, 18:23
Postagem Atualizada há 1 ano
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O Grupo de Pesquisa e Extensão sobre Relações Etnicorraciais, Gênero e Educação Inclusiva (Gere/Unilab/Uece) compartilha com a comunidade universitária e a sociedade o artigo “Pensando a diferença a partir da sétima arte: em análise o filme Um lugar para todo mundo, publicado em 2023 no e-book do Congresso Brasileiro sobre Alfabetização, Linguagens e Letramentos.

De autoria das professoras Maria Alda de Sousa, do curso de licenciatura em Sociologia da Unilab, e Francisca Geny Lustosa, da Faculdade de Educação da UFC, o artigo trata da importância da educação de qualidade e inclusiva para crianças e jovens com deficiência ao longo de toda a vida. Através de entrevistas realizadas com famílias, educadores, especialistas, como também com jovens, podemos conhecer por meio da linguagem cinematográfica histórias de vida de pessoas com Síndrome de Down, as barreiras e os preconceitos experienciados historicamente, as oportunidades de acesso e a permanência em instituições educativas (do ensino infantil à educação superior), as autonomias conquistadas por meio da educação e do trabalho.

No Brasil, conforme dados do censo escolar de 2020 sobre o acesso à escola por estudantes com deficiência, de um total de 1.308.900 alunos matriculados, 88,08% dos estudantes estão em classes comuns, sendo 85% das matrículas na rede pública. No caso de estudantes com Síndrome de Down (T21), houve um crescimento significativo na rede regular de ensino, passando de 200 mil, em 1998, para mais de 1,18 milhão, de acordo com o último censo do Ministério da Educação (MEC). No ensino superior a presença de jovens com T21 ainda é muito incipiente, contudo, vem tornando-se mais visível, sobretudo, com as políticas de cotas nas universidades e institutos federais para PCD (Pessoa com Deficiência).

“Não somente na data de 21 de março, onde se celebra, por meio de lutas, o Dia Internacional da Síndrome de Down, mas em todos os 365 dias do ano, cabe lembrar a responsabilidade das instituições educativas com a garantia do direito humano à educação de qualidade e inclusiva para todes, independente de gênero, etnia, orientação sexual, idade, capacidades físicas e intelectuais. Por uma educação livre de capacitismo, racismo e sexismo, lutemos!”, frisa Alda de Sousa.

A docente e pesquisadora fala ainda do lugar de mãe da pequena Ayra, de 3 anos, criança com T21. “Ayra é minha motivação como mãe e professora que atua na formação de professores na educação básica na Unilab”, conta.

O artigo é fruto da licença capacitação de Alda de Sousa realizada em fins de 2022 junto ao Grupo Pró-Inclusão da UFC, sob supervisão da professora Geny Lustosa (Faced/UFC), co-autora do artigo.

“Desde 2020 venho já incluindo nos conteúdo das disciplinas que ministro – Sociologia da Educação, Prática do Ensino de Sociologia, Estágio Supervisionado – leituras relacionadas à educação inclusiva, um tema pertinente para a formação do professor na sociedade contemporânea em qualquer área e nível de ensino”, pontua.

Além disso, o grupo Gere adicionou a palavra “inclusiva” neste mês de março ao seu nome, além de ter estabelecido parcerias com outras instituições de ensino, como o curso de Ciências Sociais da Uece.

“Realizamos grupo de estudos em parceria com o Laboratório de Ensino e Práticas Sociais (Lapraticas/Uece), onde nossos alunos do curso de Sociologia da Unilab e demais da comunidade acadêmica puderam estar presentes participando e se inteirando mais de questões que envolvem as práticas inclusivas na escola e na universidade”, lembrou a professora.

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