Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira
Universidade Brasileira alinhada à integração com os países membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)

Comunidade acadêmica celebra os 48 anos da independência de Moçambique

Data de publicação  30/06/2023, 13:16
Postagem Atualizada há 1 ano
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Mesa institucional no Campus da Liberdade. Foto: Secom/Unilab.

“Na memória de África e do Mundo, pátria bela dos que ousaram lutar. Moçambique, o teu nome é liberdade, o sol de Junho para sempre brilhará”. Embalados pela força do hino de Moçambique, estudantes, professores e técnico-administrativos da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) reuniram-se para celebrar os 48 anos da independência do país do jugo colonizador de Portugal, ocorrida em 25 de junho de 1975.

Grupo Afromoz. Foto: Secom/Unilab.

A celebração teve início com o hasteamento da bandeira de Moçambique em frente ao Campus da Liberdade, em Redenção/CE. Na ocasião, o representante da Embaixada de Moçambique no Brasil, Faquir Sulemaine, afirmou que o feito foi o culminar de uma luta que durou séculos. “A independência custou a vida dos melhores filhos de Moçambique, tal como nos demais países africanos de língua portuguesa e Timor-Leste. Valorizemos o esforço dos nossos heróis, que trouxeram a independência pro nosso país”, conclamou.

A reitora em exercício da Unilab, Cláudia Carioca, declarou que o momento aquece os corações. “Refletimos e percebemos ‘é isso mesmo que eu sou’. Cada moçambicano reafirma sua identidade nesse instante. Que vocês firmem dia a dia compromisso com os que ficaram [em Moçambique], pois é por causa deles que vocês podem estar aqui. Que possamos honrar Moçambique como aqueles que não estão mais aqui, mas estão em nossos corações”, ressaltou.

Presidente da Associação dos Estudantes Moçambicanos na Unilab (Aemoz-Unilab), Alfredo Muchanga Júnior. Foto: Secom/Unilab.

O representante da embaixada de Angola, Cristiano Micolo, salientou que os países desenvolveram lutas parecidas e às vezes partilhadas. “Moçambique é país irmão. Valeu a pena o esforço dos heróis”, concluiu.

Após o hasteamento da bandeira, a programação seguiu no auditório do campus, onde houve apresentação do Grupo Afromoz e mesa institucional.

O representante do Fórum de Estudantes Internacionais, Amarildo Diva, agradeceu o apoio da Pró-Reitoria de Relações Institucionais e Internacionais (Prointer) na organização do evento. Já o presidente da Associação dos Estudantes Moçambicanos na Unilab (Aemoz-Unilab), Alfredo Muchanga Júnior, relembrou o sacrifício dos heróis da independência, o que permitiu às gerações posteriores melhores condições de vida. O coordenador de Arte e Cultura da Proex, Nixon Araújo, destacou o protagonismo estudantil nos eventos de comemorações das independências. “Eles decidem tudo, a programação, convidados, nós, da Proex, damos suporte na execução”, comentou.

Foto: Secom/Unilab.

Pró-reitora de Relações Institucionais e Internacionais, Artemisa Candé, guineense, ressaltou que os líderes dos dois países foram irmãos de luta. “É com esse espírito de uma frente única, pan-africanista, que saúdo vocês. Precisamos de unidade na Unilab para enfrentarmos racismo e conquistarmos nosso espaço”, salientou. O pró-reitor de Políticas Afirmativas e Estudantis, o moçambicano Segone Cossa, considera que a atual gestão da universidade é a que mais trabalhou pela internacionalização. “Compreenderam que a ideia da Unilab é produto de uma utopia que produz sentido para uma coletividade e têm trabalhado para isso”, frisou.

A reitora em exercício, Cláudia Carioca, declarou sentir-se honrada com a participação de professores africanos pensando, junto à gestão, em como devem ser as ações de ingresso e permanência. “Os alunos são a parte mais importante que temos aqui. Moçambique é o primeiro país que, de fato, olha para a permanência dos estudantes. Olhar para o futuro se concretiza no presente, com a permanência de vocês aqui. E precisamos repensar todos os projetos pedagógico curriculares (PPCs) para ver se são eurocentrados ou afrocentrados. A defesa de África tem de estar também nos currículos” afirmou.

Histórico

O combate propriamente dito foi lançado oficialmente em 25 de Setembro de 1964, com o ataque ao posto administrativo de Chai, em Cabo Delgado. O conflito contra as forças coloniais se expandiu para outras províncias, como Niassa e Tete, e durou cerca de dez anos. Assim que as forças revolucionárias assumiam um território, elas estabeleciam as zonas libertadas, para garantir bases seguras, abastecimento em víveres e vias de comunicação.

A guerra findou-se com a assinatura dos “Acordos de Lusaka”, em setembro de 1974. Nesse período foi estabelecido um governo provisório composto por representantes da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) e do governo português, até que, no dia 25 de junho de 1975, foi proclamada oficialmente a independência nacional de Moçambique.

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