Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira
Universidade Brasileira alinhada à integração com os países membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)

‘A internacionalização universitária entrou no calendário de eventos da Unilab’ foi destaque de encerramento do II Seminário de Internacionalização

Data de publicação  16/10/2023, 17:03
Postagem Atualizada há 7 meses
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No último dia 6, o encerramento do II Seminário de Internacionalização Universitária da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), ocorrido no Campus das Auroras, em Redenção/CE e transmissão via Unilab Oficial, sob a temática: “Internacionalização da Unilab e a cooperação educacional entre países”.

Para o encerramento, houve a colaboração de Dalila Andrade Oliveira, diretora de Cooperação Institucional, Internacional e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (CNPq/MCTI) e de José Cleiton Sousa dos Santos, docente do Instituto de Engenharias e Desenvolvimento Sustentável (IEDS/Unilab), sob a mediação do Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação (Proppg/Unilab), Carlos Henrique Lopes Pinheiro.

Dalila Oliveira (CNPq/MCTI), Carlos Henrique Pinheiro (Proppg/Unilab) e José Cleiton Sousa (IEDS/Unilab)

De início, algumas egressas internacionais deixaram suas experiências vivenciadas na Unilab, além de apresentarem suas contribuições aos lugares e profissões que atuam nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) que são parceiros da Unilab. Foram elas: Marlene José (São Tomé e Príncipe), Yolanda Garrafão (Guiné-Bissau), Rolanda Domingos (Moçambique) e Ailene Rosa (Cabo Verde). Confira as participações!

A guineense e egressa do curso de Yolanda Garrafão

Entre as participantes, temos Yolanda Garrafão – egressa do curso de bacharelado em Humanidades e do curso de licenciatura plena em Sociologia da Unilab, no Ceará; fez mestrado de Ciências Sociais na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); e, retornando ao seu país de origem, atua como professora universitária da Universidade Lusófona Guiné-Bissau, além de ser professora de ensino médio da Unidade Escolar 23 de janeiro, em Guiné-Bissau.

Dalila Andrade Oliveira – diretora da  CNPq/MCTI

Internacionalização da Pesquisa

Para o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Carlos Henrique Lopes Pinheiro, as ações do corpo da Unilab busca, além do crescimento, sobretudo a consolidação. “Não adiante crescer e não se consolidação. Somos uma universidade que vem crescendo no ensino de graduação, na pesquisa e na pós-graduação. Um de nossos desafios e prioridades é buscar a consolidação do que temos. Em destaque, desde o primeiro dia do Seminário, notei que um dos pontos mais tocados foi a “internacionalização da pesquisa”. Que só acontece se houver uma rede de parcerias – um conjunto de atores e instituições participando. Não se faz internacionalização sozinho!”.

No contexto da Internacionalização da pesquisa e as parcerias em rede, Dalila Andrade Oliveira – diretora da  CNPq/MCTI, doutora em Educação declarou que “a Unilab e a Unila não universidades muito importante para nós. Elas já nasceram para promover a internacionalização, contudo é um seguimento que internacionaliza ainda muito pouco. Estamos dando uma atenção maior atenção, neste momento de defasagem quanto atendimento aos continentes, para cooperação Sul-Sul. Precisamos de políticas focalizadas”, esclareceu Dalila Oliveira – diretora da  CNPq/MCTI.

Segundo Dalila, o programa Ciências sem Fronteira (CsF) – que ofereceu bolsas de estudo para iniciação científica em universidades de excelência fora do país (graduação e pós-graduação) foi o programa brasileiro mais importante de internacionalização, que marcou o surgimento da Unilab e Unila e que teve o maior aporte financeiros, que injetou recursos na internacionalização brasileira.

A exemplo promissor do beneficiado pelo programa Ciências sem Fronteira – no âmbito da pesquisa e internacionalização – foram as conquistas apresentadas pelo docente do IEDS, José Cleiton Sousa dos Santos – tem seus projetos de pesquisa concentrados nas áreas de Química, ensino de Química, Engenharia Química, Engenharia Enzimática e processos biotecnológicos.

Através deste programa consegui cursar o Doutorado sanduíche e formar uma rede de colaboração, conseguindo formar um Curriculum diferenciado”, declarou José Cleiton Santos – (professor do Programa de Pós-Graduação em Energia e Ambiente (PGEA/Unilab).

Eis que estamos no momento pós pandemia, para Cleiton, foi um momento muito crítico da Ciência, Tecnologia e Inovação, onde “teve muita desacreditação na Ciência e desmotivação. Esse é um momento de retornar esse incentivo pela base. Nossa base é a graduação, até a gente chegar ao fortalecimento dos programas de pós-graduação, até chegar com experiência para se envolver em projetos internacionais e de rede. Unilab tem a vantagem de ser uma universidade internacional”, enfatizou Cleiton.

Como exemplo prático de estudantes que conquistaram uma bolsa em programas de intercâmbio, temos o egresso do curso de bacharelado em Engenharia de Energias, vinculado ao IEDS/Unilab, Thales Rocha, que cursou um período pelo Programa de Cooperação Franco-Brasileira para a Formação Tecnológica e Pesquisa em Engenharia (Brafitec/Capes – IFCE/UFC/Unilab) e, após formado foi contratado por uma empresa francesa e ainda está fazendo pesquisa pelo Programa de Doutorado Direto Empresarial (CNPq) na França.

Pesquisa em Rede

Estiveram presente como convidados, os professores parceiros dos projetos coordenados pelo professor Cleiton Silva: Luiz Gonzaga F. Lopes, coordenador de Pesquisa e Rodrigo Otávio Rêgo, coordenador de Intercâmbio e Convênios Internacionais, ambos da Universidade Federal do Ceará (UFC).

Já na explanação de “ser Internacional x fazer a Internacionalização”, Rafael Pinto Duarte, chefe da Assessoria Internacional do Serviço Geológico do Brasil (SGB), tendo atuado como Consultor em Cooperação Internacional no Ministério da Educação (MEC), trouxe a temática: “Plano de internacionalização universitária: elaboração e implementação”.

“Não dá para pensar internacionalização só mandando gente para fora. Se não houver fixação de conhecimento ou desenvolvimento das capacidades de produção de saber, vai-se ter uma internacionalização muito limitada”, Esclareceu Rafael Duarte.

Como uma universidade classifica as diversas modalidades de internacionalização? Neste sentido, Rafael Duarte explanou, a que ficou a cargo, de definir as diretrizes do que são: mobilidade, intercâmbio e cooperação.

Diante das ações e esforços realizados para a execução e fortalecimento da internacionalização da Unilab, a qual está há 13 anos como missão institucional, conforme a lei de criação (Lei 12.289/2010).

Na finalização dos trabalhos, a guineense e pró-reitoria de Relações Institucionais e Internacionais (Prointer), Artemisa Cande Monteiro, fez a leitura das demandas de internacionalização da Unilab, que foram discutidas ao longo desta segunda edição, entre elas: Promover a internacionalização como área de estudo; Incentivar a cultura de internacionalização; Estimular a internacionalização em todas as direções; Encorajar a integração dos atores de internacionalização; Mapear as demandas dos agentes de internacionalização; Buscar fontes de financiamento da internacionalização; Atualizar os regulamentos do processo de internacionalização; Promover a internacionalização dos PPCs; Promover a internacionalização da Pesquisa; Ampliar parcerias nacionais e internacionais; Desenvolver ações de combate ao racismo, à xenofobia e à homofobia; e, aprimorar os indicadores de internacionalização.

“A internacionalização universitária entrou no calendário da Unilab, como evento desta universidade” – Artemisa Monteiro

Segundo Roque Albuquerque, reitor da Unilab, temos feito muitos avanços até aqui. “Não podemos deixar que, não somente que pare, mas que corra o risco de retrocesso. Hoje temos diretrizes, docentes/pesquisadores, discentes e recursos (disponibilizados e destinados para a CPLP) e a fundação que poder gerenciar o recursos. Precisamos de condições para executar a mobilidade”, enfatizou Roque.

Aos internacionais e demais, Roque enfatizou que “é importante, uma vez que essa bandeira está erguida na Unilab, que vocês lutem com toda força e todo custo, se necessário, não deixar que essa bandeira baixe. E que a gente entenda que nós somos internacionais por DNA”.

Em ação cultural e artística, os estudantes internacionais do projeto de extensão “Vozes d’África” da Unilab, realizaram sua apresentação. O projeto é coordenado, desde o início pela professora do IHL/Unilab/CE, Artemisa Monteiro.

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