No quarto dia da IX Semana Universitária, a apresentação do novo Mestrado Profissional em Governança e Políticas Públicas movimentou o auditório do Campus dos Malês. O curso, cujas aulas começam em 2026, teve sua proposta construída coletivamente desde 2020 por docentes da Unilab. A coordenadora interina, professora Tacila Santos, destaca que já houve a aprovação do mestrado nas instâncias da Unilab e no Ministério da Educação (MEC), e adianta o escopo do curso.  “O esforço de pensar o mundo, pensar a governança, faz parte do desejo de pensar um novo mundo. Multipolaridades, crises internacionais, cooperação Sul-Sul, políticas públicas mundiais e domésticas, pluralidade de atores para além dos estados nacionais fazem parte do que vamos estudar˜, afirma.

O Projeto Pedagógico do Curso (PPC) e o Regimento Interno do Programa de Mestrado Profissional em Governança e Políticas Públicas foram aprovados ainda em 2022 pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da Unilab (Consepe). O mestrado ocorrerá na modalidade presencial, constituído de uma Área de Concentração em “Governança e Políticas Públicas” e três linhas de pesquisa: “Estado, Política Comparada e Análise de Políticas Públicas” (linha 1); “Cooperação Internacional para o Desenvolvimento e Difusão de Políticas Públicas” (linha 2) e “Participação Política, Governança e Território” (linha 3), com oferta anual de 15 vagas, vinculado ao Instituto de Humanidades e Letras da universidade.

A professora Isabella Lamas, que integrou a equipe de construção da proposta do curso, sublinhou o objetivo do mestrado em ampliar o aspecto prático da formação profissional e o diálogo com atores sociais do meio, bem como buscar aumentar a capacidade de reflexão e análise dos profissionais.

Participações diversas engajam comunidade acadêmica

A recém-formada Crislaine Lima, egressa do curso de Relações Internacionais, apresentou sua pesquisa “Aprovação da PEC das drogas no Senado: institucionalismo ou advocacy conservador?”, desenvolvida como bolsista de iniciação científica junto com Ussumane Embalo, sob orientação de Mariana de Lyra. “Existem diversas tensões entre o Legislativo e o Judiciário no Brasil, principalmente com relação a delimitar o que seriam usuários e traficantes, e essas tensões trazem comprometimento no desenho de políticas públicas na questão das drogas”, resume.

Já o estudante João Pedro Oliveira escolheu se debruçar sobre o patrimônio histórico e cultural do município de São Francisco de Conde, ofertando minicurso sobre o tema. “Escolhemos trazer um estudo e análise crítica a respeito do patrimônio histórico e cultural de São Francisco do Conde e de sua cultura porque é necessário um trabalho de ‘resgate’ cultural da cidade. A cultura de São Francisco do Conde é muito deixada de lado e queremos fortalecer a identidade cultural e apresentá-la aos estudantes internacionais”, afirmou.

Participando com um outro papel, o psicólogo e técnico-administrativo em Educação (TAE) Dilson Gonçalves contribuiu com a Semana Universitária como avaliador, como vem fazendo há algumas edições. “Tem sido muito gratificante. São trabalhos interessantes, com temas relevantes, e que têm agregado muito para mim. Precisamos cada vez mais fortalecer este evento porque agrega conhecimento não só para o individuo, mas para o coletivo, a sociedade também”, destacou.