Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira
Universidade Brasileira alinhada à integração com os países membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)

Diálogos sobre a Unilab e vida acadêmica, além de atividades artísticas, marcaram o Samba 2021

Data de publicação  15/10/2021, 17:42
Postagem Atualizada há 2 anos
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O acolhimento dos novos estudantes da Unilab, do ano letivo 2021.1 – por meio da 16ª edição do Seminário de Ambientação acadêmica (Samba 2021), entre os dias 13 a 15 de outubro – foi marcado por esclarecimentos de dúvidas sobre a vida acadêmica e o funcionamento dos diversos setores da universidade, diálogos sobre as diretrizes que regem a universidade e as experiências no ambiente universitário, além de atividades artísticas e culturais. Este ano, o evento aconteceu no formato híbrido, com atividades online e presenciais.

Além de atividades de esclarecimentos institucionais, a docente Mara Rita Oliveira, uma das organizadoras do evento, pontua que essa edição do Samba também abriu-se para debates de outros temas como adoecimento na pandemia e o tripé ensino, pesquisa e extensão. “Essa 16ª edição inova não apenas por trazer a questão da diversidade, da ciência, da formação ampliada na universidade, mas também pelo fato dos alunos participarem, se integrarem ao Samba de forma diferenciada”, afirma Oliveira.

Varal de fotos, exposição que aconteceu no campus da Liberdade, a partir das imagens enviados pelos estudantes

Exemplo disso foi a possibilidade dos estudantes, que vivem em outros países e territórios, participarem do evento por meio de envio de poesias e fotografias para exposição em varal – atividade que aconteceu de forma presencial, no campus da Liberdade (CE). Outro exemplo foi a construção de um jardim suspenso, durante o trote ecológico, que “coloca o debate sobre a nossa qualidade de vida, o meio ambiente, a produção e o contato com essa energia da natureza”, contextualiza a docente Mara Rita Oliveira. Ela destaca, ainda, que o evento só foi possível com o apoio dos membros da gestão da Unilab – a exemplo da reitoria e pró-reitorias – e de toda uma rede colaborativa, que inclui os estudantes e diversos atores que fazem parte da Unilab.

Jardim suspenso, construído durante o Samba e viabilizado por meio de doação de representantes da gestão da Unilab

“A minha avaliação é muito positiva, acho que a gente tem que investir, fazer um Samba que seja também esse engajamento do sujeito no chão da universidade, como ela é no seu desafio, na sua precariedade, na sua falta de verba, nas suas potencialidades, possibilidades e, claro, nas suas fragilidades”, avalia Oliveira.

Ainda sobre o balanço do evento, a pró-reitora da Pró-Reitoria da Políticas Afirmativas e Estudantis, Larissa Nicolete, avalia que “tivemos uma participação muito expressiva dos estudantes que ingressaram, foram mais de 315 estudantes matriculados pra essa edição, contamos com mesas belíssimas, que mostraram toda a diversidade e toda riqueza de cultura que existe dentro da Unilab”, afirma. Para ela, o evento foi “muito gratificante e marca agora esse retorno gradual, da volta à Universidade nesse novo normal. Nós estamos nos preparando para, quando houver o retorno presencial de fato, esses estudantes se sintam acolhidos, abraçados e que possam, então, conhecer presencialmente a universidade que eles escolheram estudar”. pontua Nicolete.

Boas-vindas

A vice-reitora da Unilab, Cláudia Carioca, participou do momento de boas-vindas aos novos estudantes do ano letivo 2021.1

Como é tradicional nos eventos do Samba, o evento contou com as boas-vindas aos estudantes novatos que chegam. A Reitoria, representada pela vice-reitora da Unilab Cláudia Carioca, iniciou esse momento de acolhimento, posicionando a gestão no contexto de um diálogo aberto com os estudantes brasileiros e internacionais. “Nessa acolhida, queremos dizer a vocês que a Reitoria está à disposição para fazer com que esse período que estarão na Unilab seja efetivo, profícuo, em que vocês possam ter prazer nos seus estudos, aprender e apreender conteúdos de forma lúdica e prazerosa”, afirmou Carioca. “E que vocês se sintam acolhidos e abraçados, mesmo de forma virtual”, complementou.

Nas boas-vindas, os novos estudantes também puderam ter um panorama geral dos serviços dos diversos setores da Unilab, como biblioteca e as pró-reitorias, a exemplo da Pró-Reitoria de Extensão, Arte, Cultura (Proex) que, conforme esclarecimento aos calouros nas boas-vindas, é um espaço cujas diretrizes são regidas por uma interação dialógica com a comunidade, formação cidadã dos estudantes e articulação entre ações comunitárias com a matriz curricular.

“A Extensão é entendida como um processo educativo, cultural, social, político que, de forma indissociável, articula pesquisa, ensino e o processo acadêmico de forma que desenvolva nos alunos um trabalho acadêmico de articulação entre teoria e prática, e fomente no aluno o seu desenvolvimento comunitário também”, explicou a pró-reitora da Proex, Fátima Bertini.

Ainda sobre as diretrizes da Unilab, a pró-reitora da Pró-reitoria de Relações Institucionais e Internacionais Artemisa Candé Monteiro destacou nas boas-vindas a estratégia de cooperação solidária da universidade com os países parceiros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e da diversidade cultural. Ela sublinhou, ainda, que a Unilab é um espaço “onde a interculturalidade é permanente, onde o respeito às diferenças permanecem e são exigidas, e onde todas as culturas são bem-vindas”.

Permanência estudantil e diversidade

Além das pró-reitorias, os novos estudantes puderam também conhecer outras estruturas da universidade durante o Samba e tirar dúvidas sobre setores como o Núcleo de Atendimento Social ao Estudante/Nase CE e Seção de Políticas Estudantis/ BA, que atuam diretamente na busca por garantir a permanência dos estudantes. Em uma das falas, o assistente social, Bruno Lopes, do Nase, traçou um panorama geral do trabalho do Núcleo e as diferentes modalidades de auxílio ofertadas. “A permanência estudantil e a política de assistência estudantil elas se inscrevem no campo do direito. A concepção que orienta nossas ações, (está) longe da perspectiva de que é concessão de ajuda e assistencialismo”, destacou Lopes.

Representantes estudantis que participaram da mesa-redonda “Diversidade, Direitos e Luta por uma Universidade Pública Democrática”

A questão da permanência de estudantes – e sua importância – também foi pontuada na fala de discentes da Unilab, que participaram da mesa-redonda “Diversidade, Direitos e Luta por uma Universidade Pública Democrática”. Integrantes da mesa destacaram, ainda, a importância das lutas e ações coletivas, para garantir uma universidade mais democrática. “Não é simplesmente estar na universidade, não é simplesmente querer estudar, porque isso é importante, mas é também saber usar desses espaço de poder, que é a universidade, e construir bases, construir lutas junto com outros companheiros”, afirmou a estudante de Agronomia da Unilab, Lauriane Tremembé.

Ela destaca, ainda, a importância do protagonismo também dos grupos socialmente excluídos no campo da pesquisa. “Quando a gente faz as pesquisas, assina nosso nome e mostra que nós somos a referência das nossas pesquisas, a gente tá garantindo que outros indígenas, que outros quilombolas, ciganos, outras pessoas das nossas origens possam também estar nesses espaços e se sentir referências”, coloca Tremembé. Para a estudante Beatriz Freitas, em fala direcionada aos novos estudantes, “o conhecimento não parte apenas da universidade para vocês, mas também de vocês para a universidade. Vocês têm que se entender como sujeitos que também vão estar construindo espaços na academia”, afirmou Freitas, que é discente da Especialização Interdisciplinar em Literaturas Africanas de Língua Portuguesa, da Unilab.

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