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Projeto Semear realizou roda de conversa sobre a dimensão política da Agroecologia

Data de publicação  19/04/2023, 10:35
Postagem Atualizada há 1 ano
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A Dimensão Política da Agroecologia foi tema de uma roda de conversa realizada pelo projeto de extensão e pesquisa Semear, que atua nos temas da Agricultura Urbana, Agroecologia e Educação Ambiental. O evento aconteceu no Centro Cultural Carolina Maria de Jesus da Unilab/CE, na tarde da última terça-feira (18/04). A mesa foi composta por Fernanda Schneider, agrônoma, professora do Instituto de Desenvolvimento Rural da Unilab, e também por Janaina Campos Lobo, antropóloga e professora do Instituto de Humanidades. A mediação foi feita por António do Rosário Lourenço, estudante do 3º Semestre do curso de Agronomia.

Ao discorrer sobre o tema da roda de conversa, a professora Fernanda apresentou um histórico sobre como diversos movimentos sociais, historicamente, foram importantes na luta para a inclusão do tema Agroecologia nas agendas e pautas das políticas públicas do Brasil. A professora Janaína Lobo, ao apresentar uma visão antropológica da Agroecologia, enquanto conjunto de saberes e práticas ancestrais e decoloniais, defendeu sua relevância no incentivo à produção de alimentos saudáveis, com produção sustentável, em denúncia contra as ações excludentes da produção agrícola, com uso de agrotóxicos em larga escala, o que gera desigualdades no acesso alimentar.

Guilherme Sampaio, organizador do evento e bolsista do Projeto Semear, contextualiza que esse momento foi importante para os estudantes. “A roda de conversa surge de uma necessidade que nós do Semear sentimos de se pensar a Agroecologia para além da técnica, além da dimensão ecológica e do manejo, pois Agroecologia ela é necessariamente política, então discutir ela nessa dimensão é essencial para entendê-la de verdade”, afirmou. 

Lauriane Tremembé, liderança indígena e estudante de Agronomia da Unilab, fez uma fala emocionante destacando como essas ações e práticas, do que se entende como Agroecologia, já são praticadas pelos povos indígenas em sua ancestral relação com a terra. Fez também uma denúncia sobre como diversos de seus parentes são impedidos de vivenciar essas práticas em seus territórios em virtude da ausência de demarcação ou mesmo invasão de terras indígenas pelo agronegócio e garimpos ilegais.

Para Adelino Armando Sitoe, estudante moçambicano, esse evento com roda de conversa “foi muito boa e deveras interessante, pois pude, através dela, aprofundar mais os meus conhecimentos sobre este grande tema da atualidade. Pude ouvir opiniões e ideias diferentes, logicamente por questões culturais e/ou sociais, não obstante todos estamos unidos por uma só causa : a sustentabilidade do agroecossistema”, afirmou.

O evento recebeu mais de 100 inscrições e contou com estudantes dos seguintes cursos: Agronomia, Ciências Biológicas, Bacharelado em Humanidades, Administração Pública, Letras Inglês e Português, Licenciatura em Computação, Engenharia da Computação, Pedagogia, Antropologia, Engenharia de Energias, Química, Física, Matemática.

 

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