Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira
Universidade Brasileira alinhada à integração com os países membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)

13 anos + #unilabianos: parcerias ampliadas, unidades estruturadas, ações atualizadas e visibilidade internacional em propulsão digital

Data de publicação  25/07/2023, 20:11
Postagem Atualizada há 1 ano
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A interiorização e internacionalização da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) ganhou mais visibilidade, nestes 13 anos de criação pela Lei 12.289/2010.

Somos todos Unilab! Foto: @flash.unilab

A Unilab possui em seu quadro estudantes do Brasil e estabelece cooperação internacional, pelo intercâmbio acadêmico solidário, com membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP/PALOP), com o objetivo de ministrar ensino superior, desenvolver pesquisas nas diversas áreas do conhecimento e promover a extensão universitária, além de promover o desenvolvimento das regiões do Maciço de Baturité, no Ceará e Recôncavo Baiano, na Bahia.

Unidades da Unilab (Ceará e Bahia)

Na última quinta-feira (20), na parte da tarde, no campus das Auroras, em Redenção/CE, foi comemorado o aniversário de 13 anos da Unilab, com participação do corpo de servidores da universidade, entre eles: os representantes da Reitoria (Roque Albuquerque, reitor e Cláudia Carioca, vice-reitora), dos(as) pró-reitores(as), diretores(as) de institutos, docentes, técnicos-administrativos em Educação (TAEs), corregedora, ouvidora, chefe da Auditoria Interna, procurador federal e diretores e superintendentes de órgãos da Unilab.

Além dos discentes da Unilab que compareceram a cerimônia, as autoridades de honra: Inácio Arruda, secretário de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (SEDES/MCTI); Nonato Faisca, presidente da Câmara dos Vereadores de Redenção/CE – representando a prefeitura de Redenção/CE; Carlos Lopes, presidente da Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer); Maria Auxiliadora Fechine, prefeita do município de Barreira/CE e Francisco Edilberto Barroso, o prefeito do município de Acarape/CE.

Durante a abertura do evento, o coral de Moçambique “MOZ Voices” fez sua apresentação calorosa, como também as apresentações dos integrantes das comunidades: Quilombola da Serra do Evaristo e Indígenas Kanindé de Aratuba (alunos contemplados pelo projeto Clube da Inclusão Escolar – projeto realizado pela Unilab em parceria com a Conafer (patrocinadora da iniciativa), sob a coordenação de Geranilde Costa e Silva – pró-reitora de Extensão, Arte e Cultura (Proex) e vice-coordenação de Samuel Oliveira, servidor TAE da Pró-Reitoria de Administração e Infraestrutura (Proadi).

O projeto Unilab foi instituído em 2010, juntamente com o projeto da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila). Conforme relatou em entrevista, Inácio Arruda, secretário do SEDES/MCTI, sobre a importância do modelo Unilab para nossa nação e para outras nações:

“A Unilab, assim como a Unila, são duas universidades integradoras dos povos. A Unilab é uma integração e reparação histórica. Criou-se então, um modelo capaz de, ao mesmo tempo que você une povos, você forma e prepara, dando a contribuição do Brasil, como um país continental, construído por esses povos, pelos povos africanos, pelos povos nativos que aqui estavam. São os povos que estão nas nossas fronteiras. São esses povos que formaram nossa nação. Como nosso país é fruto de tudo isso, nada mais correto, justo, do que nós termos uma universidades capazes de recepcionar esses povos”

Inácio Arruda, secretário do SEDES/MCTI

Como visibilidade do modelo de internacionalização das jovens universidades, Inácio Arruda, senador da República e ex-secretário de Ciência e Tecnologia e Educação Superior do Ceará, destacou que: “Aqui recebemos povos da África e de países de Língua portuguesa, como é o caso do Timor-Leste e até de Portugal, se quiserem vir aqui. Acho que a Unilab e a Unila são modelos de sucesso, que mostram nossas capacidades. Elas já nascem internacionais. Elas não precisam ser internacionalizadas. O que precisamos é aumentar o grau de relações com outras regiões do mundo que tiveram a oportunidade de serem recepcionadas por estas duas unidades”

Dando continuidade, os primeiros representantes eleitos da Reitoria, Roque Albuquerque (reitor) e Cláudia Carioca (vice-reitora), ambos docentes doutores, vinculados ao Instituto de Linguagens e Literaturas (ILL/Unilab).

Ao saudar a comunidade #unilabiana, a professora Cláudia Carioca expressou profunda alegria:

“Comunidade unilabiana, 13 anos! Nós estamos fazendo! Gratidão aos nossos alunos, por vocês escolherem a Unilab. Aos docentes, o quanto vocês são importantes para formação de nossos alunos. Chegam-nos notícias que nossos alunos estão indo para além de todas as fronteiras, levando aquilo que eles aprenderam com vocês. A Unilab é isso que vocês viram (quilombolas, indígenas, africanos). A Unilab é integração, é diversidade. É isso que nós somos. É para isso que estamos aqui. Para integração de todos os povos que necessitam estarem aqui e trazer qualidade de vida para todos. Temos o dever, como servidores públicos federais, de fazer com que o ensino de qualidade seja algo que possa modificar e transformar. É por essa transformação que estamos aqui.”

“Eu sei quem eu sou. Eu sou Unilab. E você é quem? Aqui estamos para defender e continuar defendendo este projeto” (Roque Albuquerque)

Após agradecer a todos da comunidade da Unilab, e ao presidente Lula, pela criação e instalação da Unilab. Roque Albuquerque destacou que, ao longo de 13 anos de atuação, a cooperação solidária Sul-Sul ensejada no projeto Unilab possibilitou a formação de muitos quadros para CPLP. A exemplo, o reitor apresentou dados em números de inscrições, nos países parceiros da Unilab, foram mais de 53 mil inscrições. Só de formandos, a universidade já formou mais de 4.543 alunos nestes anos. Destes, mais de 1.300 na graduação de estudantes dos países falantes de língua portuguesa.

“A Unilab tem no seu DNA a internacionalização. É ilusão achar que essa universidade chegaria até aqui se não fosse a presença marcante dos nossos estudantes e professores internacionais. Mas, não se faz universidade sem entender que a Unilab é isso… uma ecologia de saberes”  (Roque Albuquerque)

Unilab em desenvolvimento

Corpo de servidores

Em dados apresentados pele reitor, a Unilab hoje tem 785 servidores em seu quadro. Destes, 92 servidores, chegaram  após assumida a nova gestão (22 são docentes por concurso e redistribuição e 71 TAE’s por concurso público.

Com este corpo, o desenvolvimento das ações de nossa instituição, no período desafiador como a Pandemia, não parou. Este tempo difícil que impôs às instituições de ensino do Brasil e do mundo uma mudança significativa de execução, prestação de serviços e atualização das ações, agora midiáticas e digitais, aos públicos da Unilab e parceiros. A Unilab deu um salto com a utilização dos recursos de urgência, repassados pelo Governo Federal à época.

Tecnologias

No campo da infraestrutura digital, segundo Giancarlo Vecchia, diretor da Diretoria de Tecnologia e Informação (DTI), a circunstância foi uma oportunidade para apresentar algumas soluções para os novos problemas. Entre estas, para Academia, a necessidade de ter dispositivos para aulas a distância (Auxílio Inclusão Digital na modalidade equipamento/dispositivo móvel), com investimento de recursos federais de quase 900 mil. 

Segundo o especialista em Tecnologia de Redes de Computadores, Giancarlo, na área Administrativa, a TI proporcionou algumas soluções para trabalho remoto. Relatou que houve empréstimos de equipamentos e evolução com sistema de autenticação. Houve também evolução no Programa de Gestão e Desempenho (PGD/Unilab), o qual se utilizou um dos sistemas já existente do Governo Federal – Sistema do Programa de Gestão (SISGP/Susep), contudo a evolução se deu no uso de banco de dados, que era pago e a equipe da DTI converteu para um banco de dados gratuito. Conforme declarou Giancarlo, acredita-se que a Unilab seja a única universidade que faz uso deste modelo evoluído. Podendo realizar novas parcerias aos que precisarem.

“À DTI foi lhe apresentada várias situações que necessitamos de desenvolvimento, de mudanças, mudanças de paradigmas, além da questão de política de segurança. Conseguimos construir durante este momento e passamos bem pela Pandemia” – Giancarlo Vecchia, diretor da DTI/Unilab 

Sistemas e instrumentos

Para futuro, no campo das tecnologias da informação, a Unilab dará continuidade ao PGD e em os outros sistemas administrativos, os quais estão se comportando bem. No tocante a academia, Giancarlo informou que, com o retorno às atividades, este ano iniciaremos com a preparação e instalação de mais três novos laboratórios de práticas de ensino, voltadas para o aluno: 01 no campus das Auroras, 01 na Unidade Acadêmica de Palmares, ambos no Ceará, e 01 Campus dos Malês, na Bahia. Além de trocas dos equipamentos destes instrumentos.

Prestação de serviços virtuais

“A pandemia obrigou que fossemos para casa, começar um trabalho remoto. Uma coisa que antes não era pensada, principalmente nas instituições públicas. Percebeu-se que dava certo, os servidores de casa, executando as atividades da universidade. Pensou-se então, na implementação do teletrabalho. Evoluindo-se para o nosso PGD”, explicou Isabela Santos, superintendente de Gestão de Pessoas (SGP/Unilab), em exercício.

Isabela Santos e Michael Silva, representantes da SGP

Diante do trabalho e promoção à qualidade de vida dos funcionários, Michael Pablo Silva, gerente da Divisão de Atenção à Saúde e Segurança do Servidor (DAS/SGP), complementou sobre a prestação dos serviços da Unilab, diante da plataforma do PGD, “foi um grande ganho para o Estado, em sua totalidade, como também, aos servidores da Unilab”. Visto que, nos estudos para a implantação do PGD, levou-se em consideração a peculiaridade da distância, do deslocamento e do custo, entre a capital e as localidades em que estão instaladas as unidades de Unilab, no Ceará e na Bahia, entre outras situações.

O PGD trouxe um ganho significativo para instituição. Para Isabela Santos, a implantação do PGD conseguiu fazer com que os servidores permaneçam na Unilab. O que antes não acontecia. Que, por conta da distância, muitos servidores pediam redistribuição para outras unidades ou exoneração. “Conseguir fazer com que essa força de trabalho sinta vontade de continuar trabalhando conosco, aprimorando os processos e viabilizando uma melhor capacitação dos funcionários. Só temos a melhorar”, enfatizou Isabela Santos.

Infraestrutura e investimentos

Sobre melhorias de estruturas das unidades da Unilab, o pró-reitor de Administração e Infraestrutura (Proadi), John Silva, relatou que, principalmente no período da Pandemia, avançamos muito na parte de infraestrutura, ambientes e espaços, a exemplo do Centro Cultural Carolina Maria de Jesus e do Centro de Atenção Integral á Saúde (CAIS). 

Complementando, foram iniciadas as obras da Unidade Acadêmica dos Palmares (Acarape/CE) e realização do planejamento de urbanização do Campus das Auroras (Redenção/CE). Durante o período da Pandemia, foram realizadas intervenções em salas de aulas, nos laboratórios e salas de servidores. Para o futuro, o pró-reitor da Proadi vislumbra que teremos mais obras, acessibilidade, mobilidade e a consolidação da infraestrutura das unidades da Unilab.

No campo da captação e aplicação dos recursos, Célio Santos, pró-reitor de Planejamento, Orçamento e Finanças (Proplan), enfatizou que foram concluídas as obras das residências universitárias da Unilab, faltando a execução da urbanização do Campus das Auroras, viabilizando o acesso às residências. Estamos concluindo a urbanização de Palmares, com entrega prevista até o final do ano de 2023. Para o futuro, Célio informou que, acabamos de receber R$ 10,5 milhões para retomada das obras dos prédios do Campus dos Malês, em São Francisco do Conde, na Bahia.

Um exemplo de equipamento com atendimento à saúde da comunidade interna e externa da Unilab foi a construção do Centro de Atenção Integral á Saúde, vinculado ao Instituto de Ciências da Saúde (ICS), instalado ao lado do Restaurante Universitário (RU), do Campus das Auroras, em Redenção/CE.

Para Thiago Moura, enfermeiro e ex-diretor do ICS – agora pró-reitor de Graduação (Prograd), já avançamos muito entre as estruturas da universidade para abraçar os discentes. Dentro do curso de Enfermagem e curso de Farmácia o CAIS é um instrumento como processo formativo.

No quesito Ensino, a Unilab disponibilizou, até o momento, 26 cursos de graduação presencial e 04 cursos EaD, distribuídos nos campi da Unilab no Ceará e na Bahia. Com o quantitativo geral de inscritos e matriculados, até o último semestre (2022.2), de 14.543 discentes nos cursos presenciais, e 1.663 discentes nos cursos EaD.

Ingresso e concludentes da Unilab

Falando do processo de evolução de estudantes dentro da universidade, conforme dados apresentados por Thiago Moura, pró-reitor da Prograd, a Unilab conta com mais de 2 mil vagas ofertadas anualmente nos cursos de graduação presenciais e formato a distância (EAd). Quanto aos novos profissionais, a Unilab já formou mais de 4.500 estudantes, contado no quadro do Ceará e da Bahia.  Para Thiago, “é um feito, durante esses 13 anos, tanto para o Brasil, como para os países da CPLP”.

Em relação ao número de inscritos e matriculados, são ofertadas cerca de 400 vagas anuais – cerca de 35%, destinadas aos estudantes internacionais. “Temos ocupado quase que 100% dessas vagas. Isso é algo único e histórico no Brasil”, destacou Thiago, professor do ICS e pró-reitor da Prograd.

Artemisa Candé (Prointer) e membros do coral de Moçambique “MOZ Voices” | Foto: @flash.unilab

Recorde de inscrições no PSEI 2023

Reforçando o DNA da Unilab, a ação de internacionalização está desenvolvendo parcerias além da integração Sul-Sul, agora o campo ampliou e o programa de intercâmbio acadêmico e ações de parcerias chegaram na integração Norte-Sul. Segundo a guineense e pró-reitora de Relações Institucionais e Internacionais (Prointer), Artemisa Candé, o destaque é para o Processo Seletivo de Estudantes Internacionais (PSEI 2023). A Unilab, por meio da Prointer, recebeu 13.068 inscrições de candidatos(as). Um quantitativo recorde considerando todas as edições anteriores. Em relação à edição 2021/2022, foi registrado crescimento de cerca de 40%.

“A divulgação da Unilab, pela Prointer, deu certo! O 1º Seminário “Internacionalização da Educação Superior” deu um upgrade”. Começamos a falar por fora e divulgar nossas questões”, enfatizou a docente e pró-reitora, Artemisa Candé.

Para Artemisa, a Pandemia trouxe muitas coisas ruins. Mas também trouxe o modelo de trabalho que adotamos para que não parássemos. Este modelo fez com que acontecessem várias reuniões on-line de aproximação e que, deram frutos pós-pandemia, quando as equipes da Unilab foram até os países.

“Interiorizamos, pela primeira vez, o processo seletivo (PSEI). Sendo aplicado nas províncias de Moçambique. Vamos tentar fazer isso em outros países da CPLP. A internacionalização deu um salto positivo, mesmo com muitas dificuldades”. (Artemisa Candé)

Tamires Semede e Antônio Paulo Uamba, discentes moçambicanos

Experiências acadêmicas dos internacionais

Sobre as experiências na Unilab, os moçambicanos e membros do coral de Moçambique “MOZ Voices”: Tamires Semede, concludente do curso de bacharelado em Agronomia, vinculado ao Instituto de Desenvolvimento Rural (IDR)  e Antônio Paulo Uamba, cursando o 9º semestre do curso de bacharelado em Engenharia da Computação, vinculado ao Instituto de Engenharias e Desenvolvimento Sustentável (IEDS).

“A Unilab da pandemia para cá teve suas melhorias. Aprendemos muito com a utilização de plataformas digitais. Fizemos muitos trabalhos on-line. Os equipamentos que recebemos da Unilab (tablet + chip de dados) nos ajudaram nas atividades acadêmicas e de consultas. Os professores da Unilab estão nos ensinando e preparando, como nos preparar tanto para o mestrado como para o mercado de trabalho” – Antônio Paulo Uamba, discente de Eng. da Computação.

Para Tamires Semede, agora Agrônoma, a Unilab proporcionou muitas coisas, uma vez que “saí de meu país para procurar uma oportunidade. A Agronomia foi algo que me fez aproximar do que eu desejava (ser veterinária)“. Na questão de ensino e pesquisa, Tamires afirma que a Unilab oferece aos alunos muitas experiências, a exemplo das práticas dos projetos de pesquisas que ensinam o que na sala é apenas teoria. “Nos projetos de pesquisa os alunos têm mais contato e interação com o mundo lá fora, além da sala de aula”.

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