Diálogos sobre a Unilab e vida acadêmica, além de atividades artísticas, marcaram o Samba 2021
O acolhimento dos novos estudantes da Unilab, do ano letivo 2021.1 – por meio da 16ª edição do Seminário de Ambientação acadêmica (Samba 2021), entre os dias 13 a 15 de outubro – foi marcado por esclarecimentos de dúvidas sobre a vida acadêmica e o funcionamento dos diversos setores da universidade, diálogos sobre as diretrizes que regem a universidade e as experiências no ambiente universitário, além de atividades artísticas e culturais. Este ano, o evento aconteceu no formato híbrido, com atividades online e presenciais.
Além de atividades de esclarecimentos institucionais, a docente Mara Rita Oliveira, uma das organizadoras do evento, pontua que essa edição do Samba também abriu-se para debates de outros temas como adoecimento na pandemia e o tripé ensino, pesquisa e extensão. “Essa 16ª edição inova não apenas por trazer a questão da diversidade, da ciência, da formação ampliada na universidade, mas também pelo fato dos alunos participarem, se integrarem ao Samba de forma diferenciada”, afirma Oliveira.
Exemplo disso foi a possibilidade dos estudantes, que vivem em outros países e territórios, participarem do evento por meio de envio de poesias e fotografias para exposição em varal – atividade que aconteceu de forma presencial, no campus da Liberdade (CE). Outro exemplo foi a construção de um jardim suspenso, durante o trote ecológico, que “coloca o debate sobre a nossa qualidade de vida, o meio ambiente, a produção e o contato com essa energia da natureza”, contextualiza a docente Mara Rita Oliveira. Ela destaca, ainda, que o evento só foi possível com o apoio dos membros da gestão da Unilab – a exemplo da reitoria e pró-reitorias – e de toda uma rede colaborativa, que inclui os estudantes e diversos atores que fazem parte da Unilab.
“A minha avaliação é muito positiva, acho que a gente tem que investir, fazer um Samba que seja também esse engajamento do sujeito no chão da universidade, como ela é no seu desafio, na sua precariedade, na sua falta de verba, nas suas potencialidades, possibilidades e, claro, nas suas fragilidades”, avalia Oliveira.
Ainda sobre o balanço do evento, a pró-reitora da Pró-Reitoria da Políticas Afirmativas e Estudantis, Larissa Nicolete, avalia que “tivemos uma participação muito expressiva dos estudantes que ingressaram, foram mais de 315 estudantes matriculados pra essa edição, contamos com mesas belíssimas, que mostraram toda a diversidade e toda riqueza de cultura que existe dentro da Unilab”, afirma. Para ela, o evento foi “muito gratificante e marca agora esse retorno gradual, da volta à Universidade nesse novo normal. Nós estamos nos preparando para, quando houver o retorno presencial de fato, esses estudantes se sintam acolhidos, abraçados e que possam, então, conhecer presencialmente a universidade que eles escolheram estudar”. pontua Nicolete.
Boas-vindas
Como é tradicional nos eventos do Samba, o evento contou com as boas-vindas aos estudantes novatos que chegam. A Reitoria, representada pela vice-reitora da Unilab Cláudia Carioca, iniciou esse momento de acolhimento, posicionando a gestão no contexto de um diálogo aberto com os estudantes brasileiros e internacionais. “Nessa acolhida, queremos dizer a vocês que a Reitoria está à disposição para fazer com que esse período que estarão na Unilab seja efetivo, profícuo, em que vocês possam ter prazer nos seus estudos, aprender e apreender conteúdos de forma lúdica e prazerosa”, afirmou Carioca. “E que vocês se sintam acolhidos e abraçados, mesmo de forma virtual”, complementou.
Nas boas-vindas, os novos estudantes também puderam ter um panorama geral dos serviços dos diversos setores da Unilab, como biblioteca e as pró-reitorias, a exemplo da Pró-Reitoria de Extensão, Arte, Cultura (Proex) que, conforme esclarecimento aos calouros nas boas-vindas, é um espaço cujas diretrizes são regidas por uma interação dialógica com a comunidade, formação cidadã dos estudantes e articulação entre ações comunitárias com a matriz curricular.
“A Extensão é entendida como um processo educativo, cultural, social, político que, de forma indissociável, articula pesquisa, ensino e o processo acadêmico de forma que desenvolva nos alunos um trabalho acadêmico de articulação entre teoria e prática, e fomente no aluno o seu desenvolvimento comunitário também”, explicou a pró-reitora da Proex, Fátima Bertini.
Ainda sobre as diretrizes da Unilab, a pró-reitora da Pró-reitoria de Relações Institucionais e Internacionais Artemisa Candé Monteiro destacou nas boas-vindas a estratégia de cooperação solidária da universidade com os países parceiros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e da diversidade cultural. Ela sublinhou, ainda, que a Unilab é um espaço “onde a interculturalidade é permanente, onde o respeito às diferenças permanecem e são exigidas, e onde todas as culturas são bem-vindas”.
Permanência estudantil e diversidade
Além das pró-reitorias, os novos estudantes puderam também conhecer outras estruturas da universidade durante o Samba e tirar dúvidas sobre setores como o Núcleo de Atendimento Social ao Estudante/Nase CE e Seção de Políticas Estudantis/ BA, que atuam diretamente na busca por garantir a permanência dos estudantes. Em uma das falas, o assistente social, Bruno Lopes, do Nase, traçou um panorama geral do trabalho do Núcleo e as diferentes modalidades de auxílio ofertadas. “A permanência estudantil e a política de assistência estudantil elas se inscrevem no campo do direito. A concepção que orienta nossas ações, (está) longe da perspectiva de que é concessão de ajuda e assistencialismo”, destacou Lopes.
A questão da permanência de estudantes – e sua importância – também foi pontuada na fala de discentes da Unilab, que participaram da mesa-redonda “Diversidade, Direitos e Luta por uma Universidade Pública Democrática”. Integrantes da mesa destacaram, ainda, a importância das lutas e ações coletivas, para garantir uma universidade mais democrática. “Não é simplesmente estar na universidade, não é simplesmente querer estudar, porque isso é importante, mas é também saber usar desses espaço de poder, que é a universidade, e construir bases, construir lutas junto com outros companheiros”, afirmou a estudante de Agronomia da Unilab, Lauriane Tremembé.
Ela destaca, ainda, a importância do protagonismo também dos grupos socialmente excluídos no campo da pesquisa. “Quando a gente faz as pesquisas, assina nosso nome e mostra que nós somos a referência das nossas pesquisas, a gente tá garantindo que outros indígenas, que outros quilombolas, ciganos, outras pessoas das nossas origens possam também estar nesses espaços e se sentir referências”, coloca Tremembé. Para a estudante Beatriz Freitas, em fala direcionada aos novos estudantes, “o conhecimento não parte apenas da universidade para vocês, mas também de vocês para a universidade. Vocês têm que se entender como sujeitos que também vão estar construindo espaços na academia”, afirmou Freitas, que é discente da Especialização Interdisciplinar em Literaturas Africanas de Língua Portuguesa, da Unilab.
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