Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira
Universidade Brasileira alinhada à integração com os países membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)

Exposição reúne obras de artistas da Unilab no Museu de Arte da UFC

“Corpo, Território, Continente” fica exposta ao público no MAUC/UFC de 01 a 25 de fevereiro de 2022.

Data de publicação  31/01/2022, 08:58
Postagem Atualizada há 2 anos
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Matheus Felipe Santana (@_peixenegro), graduando em Agronomia pela Unilab (CE) e artista visual, finalizando suas obras da série “Eu vim da diáspora”.

Tomar o território como corpo, e o corpo como território, considerando as relações África-Brasil e a diversidade de linguagens artísticas visuais. Essa é uma das premissas que orienta a curadoria de “Corpo, Território, Continente”, primeira exposição coletiva a reunir, em museu externo à instituição, obras de artistas das três categorias (docentes, discentes e servidores técnicos) da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) no Ceará. A abertura oficial da exposição acontece nessa terça-feira (01), a partir das 19h, no Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará (MAUC/UFC), local onde as obras permanecerão disponíveis à visitação até o dia 25 de fevereiro. O MAUC localiza-se à Avenida da Universidade, número 2854, no bairro do Benfica, em Fortaleza.

A curadoria foi realizada pelos artistas e professores Joana D’Arc (Instituto de Humanidades – IH) e Ricardo Nascimento (coordenador de Arte e Cultura da Pró-Reitoria de Extensão Arte e Cultura – Proex) com suporte técnico do servidor Nixon Araújo (também artista plástico em exposição na mostra). Dentre os trabalhos, estão reunidas pinturas, desenhos, gravuras, fotografias, fotoperformances, instalações, arte têxtil, colagem, coletânea e audiovisual. As obras selecionadas articulam conceitualmente a presença do corpo como suporte da obra, questão, plataforma e dispositivo poético e político; nelas, temáticas como identidades e representatividades estão latentes. A produção e logística é organizada pela Proex.

Cena de “Do Outro Lado do Atlântico” (2016), documentário de Daniele Ellery (docente da Unilab) e Márcio Câmara, selecionado para a mostra. O filme percorre as histórias de vida dos estudantes de países africanos de língua oficial portuguesa em diferentes cidades do Brasil. Parte dele foi filmado no Campus da Liberdade (CE).

Segundo Ricardo Nascimento, a parceria entre o MAUC (na pessoa de sua diretora, Graciele Karine Siqueira) e a Unilab já vinha sendo tratada há cerca de um ano para garantir a execução desse evento. “Enquanto coordenador, já vinha pensando na promoção dos artistas visuais da cidade. (O MAUC) É um lugar privilegiado, tem um histórico e uma presença especial na cidade enquanto museu de arte. A gente merecia um lugar de destaque para fazer essa exposição. (…) Se há algo que representa bem a marca e a missão da instituição, é a arte e cultura. A universidade pode ser explicada a partir daí – embora a gente nunca tenha tido uma política cultural definida para a universidade. Parte da nossa política é justamente trazer essa percepção (de relevância da arte e cultura) através de ações como essa, em que os artistas da comunidade se juntam para produzir algo importante.”

São artistas convidados(as) pela curadoria: as professoras Rosália Menezes, Danielle Ellery (que apresenta obra em parceria com Márcio Câmara), Matilde Ribeiro, Jo-Ami; os servidores Nixon Araújo e Rosana Braga Reis (que apresenta obra em parceria com Tuan Fernandes); e os(as) estudantes Geysa Moura, Harley Almeida, Nixon Guerra, Matheus Felipe, Luan Rodrigues.

Montagem da exposição no MAUC/UFC. À esquerda, obras do servidor Nixon Araújo, produzidas através da técnica de colagem.

Segundo Joana D’Arc, professora vinculada ao Instituto de Humanidades (IH/Unilab) e curadora da mostra, a seleção dos discentes foi feita através de abertura de edital; já o convite a professoras e servidores aconteceu por meio da “força poética de trabalhos que já tinham sido exibidos”.  Trata-se de obras que têm por tema ou suporte “um corpo diaspórico, ou seja, um corpo em trânsito, que desenha no espaço a sua própria existência”. A exposição conta com trabalhos inéditos ou não.

Para muitos(as) dos(as) expositores(as) envolvidos, a exposição “Corpo, Território, Continente” trata-se de um momento único na carreira como artista. O estudante Matheus Santana, estudante de Agronomia pela Unilab, apresentará na mostra sua série de pinturas entituladas “Eu vim da Diáspora”, um conjunto de 5 quadros baseados em arquétipos de Orixás e também em corporeidades de amigos próximos . “Antes, eu expus no Festival de Cultura da Unilab, mas no Museu é a primeira vez.” Segundo ele, a relação com exposições proporcionadas pela Unilab foi o que lhe proporcionou identificar-se:  “(no Festival de Culturas) foi a primeira vez que me vi reconhecido como artista!”, comenta.

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